Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (8) que recebeu um convite do primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu , para visitar a zona de conflito com o Hamas . A revelação aconteceu durante um evento realizado em Salvador, na Bahia, com a presença de aliados.
“[Recebi o convite] para que eu visite aquela região do conflito, ou melhor, do massacre, da covardia, do terrorismo praticado em Israel. Praticado pelo Hamas contra Israel”, declarou Bolsonaro.
O ex-chefe do Executivo, entretanto, não pode deixar o Brasil neste momento. Alvo da Operação Tempus Veritatis , que investiga a tentativa de um golpe de Estado, Bolsonaro precisou entregar seu passaporte à Polícia Federal e está impedido de sair do país.
A fala de Bolsonaro acontece após seu rival, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , ser considerado persona non grata pelo governo de Israel. A crise diplomática ocorreu depois do atual mandatário comparar os ataques em Gaza com o genocídio praticado por Adolf Hitrler contra os judeus, na 2ª Guerra Mundial.
Apesar disso, na última quinta-feira (7), o representante da diplomacia de Israel, Jonathan Peled, expressou que o governo está aberto a restaurar as relações com o Brasil.
A tentativa de reconciliação acontece após Israel ser criticado por não aprovar um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Além disso, o governo de Netanyahu está sendo criticado por impedir a entrada de ajuda humanitária na região.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) , depois de quase cinco meses de guerra, cerca de 2,2 milhões de pessoas, a grande maioria da população de Gaza, está ameaçada pela fome. Ao todo, mais de 30 mil palestinos morreram desde o início do novo confronto.
Fonte: Internacional