O radialista e guia turístico brasileiro Marcos Susskind, que mora na cidade de Holon, na zona metropolitana de Tel Aviv, em Israel, relatou que os bombardeios realizados na Faixa de Gaza nunca pararam, mas agora o foco das Forças de Defesa de Israel é diferente, por isso pediram que os civis deixassem a região.
“Os ataques continuam, eles não foram interrompidos em nenhum momento. No entanto, os que estavam sendo realizados até agora eram contra os edifícios onde o Hamas utilizava apartamentos para armazenar mísseis, fazer reuniões ou manter centros de comando”, disse ele em transmissão ao vivo feita pelo Portal iG neste sábado (14).
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“Agora, Israel está pedindo para que [os civis] saiam porque aqueles edifícios que não são utilizados como centros de operação de guerra, mas que estão sobre os túneis [construídos pelo Hamas] precisam ser destruídos. Esses civis estão sendo chamados a abandonarem a região para que Israel não cause perda de vidas civis”, continuou. “A intenção do Hamas é causar o maior número de vítimas civis possível, a intenção israelense é exatamente o contrário, é encontrar e punir os terroristas, mas não atingir a população civil.”
Na última quinta-feira (12), as Forças Armadas de Israel pediram que os moradores de Gaza deixassem o local em até 24 horas e se direcionem ao sul da região.
Hoje, após o fim do prazo dado pelo país, às 10h do horário de Brasília, o Exército israelense intensificou os ataques contra Gaza, no oitavo dia de conflito, em uma contraofensiva.
Neste sábado, de acordo com Marcos, Israel ainda não fez nenhuma incursão por terra, somente ontem, “com objetivos de busca de informações”. Na ocasião, segundo ele, as forças israelenses encontraram corpos em Gaza de pessoas que eram ditas como desaparecidas.
Marcos disse que tem percebido uma diminuição dos ataques do Hamas contra Israel, mas ele acredita que isso só está acontecendo porque o grupo extremista quer manter estoques de munição suficientes para “um momento que eles acharem importante”.
“Mas o fato de a barragem de foguetes ter diminuído não significa que não há bombardeios”, disse ele, afirmando que algumas regiões ainda estão recebendo ataques “em um ritmo impressionante”.
Ele ainda relatou que, pouco antes de começar a live, aconteceu um fato inédito em Holon. “Foi destruído um míssil inimigo no ar muito próximo aqui da minha casa sem ter havido a sirene antes, coisa que ainda não tinha acontecido. Ou seja, a sirene não tinha sido acionada, mas o míssil chegou em Holon e foi explodido a 500 metros de altura, mais ou menos, e entre 100 e 150 metros de distância da minha casa”, afirmou.
Fonte: Internacional