Hoje em dia, de acordo com o Sistema de Informações de Indicadores Culturais de 2019, as mulheres representam 50,5% das artistas do setor cultural do país. No entanto, em 4 anos, de 2014 e 2018, o número de pessoas pretas e pardas só cresceu 8% nesses ambientes. Esses recortes só revelam a falta de espaço para a ascensão e circulação da produção artística feminina negra.
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Apesar dos obstáculos, a cantora e influenciadora Savanah conta que o desejo de estar nesse mundo veio desde pequena. “Eu sempre me senti artista, não tem um momento na minha vida em que não fui apaixonada por arte num sentido geral, inicialmente com dança e moda, e atualmente cantando.”
Embora tenha tido uma evolução quanto à ocupação desses espaços de comunidade artística por representatividade do povo preto, a influenciadora conta que a ultrapassagem desses obstáculos não é fácil.
“Tive que me esforçar mil vezes mais para conseguir o que eu queria. Nós, negros, somos subestimados e, por isso, precisamos nos doar mil vezes mais do que outras pessoas”, desabafa.
Durante todo o processo de conexão com a arte, Savanah conta que o autoconhecimento foi a principal chave para lidar com as falas preconceituosas. “Me amo e me aceito do jeito que sou, nunca me senti tão livre e poderosa”, conta.
Ninguém solta a mão de ninguém
É muito dito dentro da comunidade preta a importância de subir ao topo e segurar a mão para que os outros subam junto. Savanah concorda, “Acho que estamos evoluindo bastante quanto comunidade. Finalmente estamos nos unindo, nos compreendendo e nos apoiando. Ainda há muito trabalho pela frente, mas somos capazes”, declara.
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E para as mulheres que querem entrar nesse meio, a influenciadora deixa uma dica valiosa: “Hoje em dia uma das maiores plataformas de divulgação é a internet, não há lugar melhor para começar a divulgar aquilo que vocês tanto amam e se empenham.”
Fonte: IG Mulher
