Cicatriz da cesárea: cuidados e tratamentos podem melhorar aparência

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A cicatriz pode trazer incômodos em relação à estética
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A cicatriz pode trazer incômodos em relação à estética

Para as mamães que passam pelo parto cesárea, o nascimento do bebê não só marca um momento muito importante em sua vida, como também deixa marcas em sua pele. A cicatrização, apesar de se tratar de um processo natural do nosso corpo, pode trazer desconfortos e insegurança com a questão estética, o que leva muitas mulheres a se perguntarem: como cuidar de uma cicatriz da cesárea e quais tratamentos ajudam a melhorar sua aparência?

Essa cicatriz nem sempre é lisa, fina e discreta. Segundo o cirurgião plástico Luís Maatz, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), as cicatrizes mais indesejadas são as de aparência mais elevada, como as “hipertróficas” e as “queloidianas” (isto é, com quelóide), ou afundada, como as chamadas “atróficas”. “Em todas elas, podemos realizar uma cirurgia corretiva”, garante o cirurgião.

Quanto tempo leva para a cicatrização da cesárea?

“São várias camadas de pele e cada uma tem um tempo de cicatrização diferente. Normalmente, a gente marca um retorno para mais ou menos uns 10 a 12 dias após o parto, quando a paciente volta para tirar os pontos. Já tem ali um bom processo de cicatrização que se completa mais ou menos em 30 a 40 dias”, explica Carlos Moraes, ginecologista e obstetra do Hospital Albert Einstein.

Quais são os cuidados necessários com a cicatriz?

“Nos primeiros dias, a gente orienta a lavar com água e um sabão neutro. Pode fazer isso umas duas, três vezes ao dia, não tem problema. E procurar deixar bem seco, para evitar algum tipo de infecção na região. Esses são os cuidados básicos”, diz Carlos Moraes. No retorno ao consultório, o médico pode indicar o uso de pomadas ou géis, comenta o médico.

“E o que a paciente tem que ficar atenta no pós-operatório de uma cesariana, relacionado a uma infecção de parede abdominal, é nos sinais clássicos de uma infecção. Ela pode sentir dor, a região pode ficar vermelha e quente e eventualmente ter secreção. Então, é dor, calor, rubor [vermelhidão] e uma secreção amarelada. Mas esse tipo de problema de infecção na cesariana não é um problema muito comum”, acrescenta o ginecologista.

Quais são os riscos de uma infecção após o parto?

Em casos de cesarianas eletivas, isto é, programadas, os riscos de infecção são bem raros, de acordo com Moraes, “porque a paciente normalmente já toma um banho, limpa a pele, o pessoal da enfermagem faz também uma assepsia, uma limpeza da região. A gente não pode esquecer do uso do antibiótico profilático, que é feito durante o parto, e isso já diminui a chance de infecção. Então, o risco de infecção é maior em situações, às vezes, um pouco mais dramáticas: cesarianas de emergência, pacientes que têm trabalho de parto prolongado e são submetidas a vários exames de toque…”.

Existe algum tratamento caseiro para melhorar a aparência da cicatriz da cesárea?

“O uso de hidratantes e massagem local podem ajudar em alguns casos, mas habitualmente é necessária a avaliação de um cirurgião plástico para que sejam prescritas as terapias adequadas”, orienta o cirurgião plástico Luís Maatz.

Como é feita a cirurgia para corrigir a aparência dessa cicatriz?

Caso a aparência da cicatriz incomode a mãe por motivos estéticos, é possível fazer uma cirurgia de correção. A recomendação é de que o procedimento seja feito, no mínimo, seis meses após o parto.

“A cirurgia consiste na remoção do tecido cicatricial e fechamento com técnica apurada para que a cicatriz seja fechada com a menor tensão possível, proporcionando melhores resultados”, afirma Maatz. A recuperação costuma ser rápida, com repouso que vai entre 7 a 14 dias, de acordo com o especialista.

A depender de cada caso, há a necessidade de tratamentos complementares, como a braquiterapia nos primeiros dias de pós-operatório. Este procedimento costuma ser realizado em casos de cicatrizes hipertróficas ou quelóides e consiste em utilizar uma fonte radioativa no local ou próximo a ele para reduzir o tamanho excessivo do tecido cicatricial.

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Fonte: Mulher

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