A cantora Claudia Leitte revelou que foi diagnosticada com TDAH. Segundo o psicólogo Alexander Bez, o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neuropsiquiátrico que afeta crianças, adolescentes e adultos, tendo componentes neuropsicológicos.
“Este transtorno é caracterizado por três principais sintomas: falta de atenção, impulsividade e hiperatividade. No entanto, é importante ressaltar que nem todas as pessoas com TDAH apresentam todos esses sintomas. Alguns podem manifestar predominantemente a falta de atenção, enquanto outros podem evidenciar mais impulsividade e hiperatividade”, esclarece.
A falta de atenção no TDAH refere-se à dificuldade em se concentrar em uma tarefa por períodos prolongados, sendo facilmente distraído por estímulos externos e propenso a cometer erros por descuido. A impulsividade manifesta-se na dificuldade em controlar impulsos, como interromper os outros durante uma conversa ou agir sem considerar as consequências.
“Quanto à hiperatividade, esta se caracteriza por uma energia excessiva, inquietude e dificuldade em ficar parado. É relevante notar que nem todos os indivíduos com TDAH apresentam hiperatividade. Algumas pessoas podem experimentar apenas a falta de atenção e impulsividade, o que é conhecido como TDAH sem hiperatividade. É importante esclarecer que, embora a hiperatividade seja uma das características do TDAH quando presente, ela também pode ocorrer isoladamente como um distúrbio de hiperatividade. Portanto, nem toda hiperatividade é necessariamente causada pelo TDAH. O diagnóstico do TDAH envolve uma avaliação cuidadosa dos sintomas, considerando sua persistência e intensidade. É crucial que o diagnóstico seja realizado por profissionais qualificados, como psicólogos e psiquiatras especializados em saúde mental”, diz Bez.
Muitas pessoas que apresentam sintomas de desatenção e falta de concentração não necessariamente têm esse transtorno, podendo esses sintomas ser ocasionais ou transitórios. “Em resumo, embora a hiperatividade possa ser um componente do TDAH, é possível ter hiperatividade sem que seja parte desse transtorno”, salienta o terapeuta.
Um diagnóstico preciso é essencial para garantir o tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por esses desafios. “Se você suspeita que você ou alguém que você conhece possa estar enfrentando o TDAH, recomendo buscar a orientação de um profissional de saúde mental para uma avaliação mais aprofundada, com acompanhamento mínimo de 6 meses a 1 ano”, recomenda Bez.
Fonte: Mulher
