Nos 11 primeiros meses do ano, o número de focos de incêndio aumentou 43,7% na Amazônia, em comparação com 2023. Até 30 de novembro, foram registrados 134.979 focos de incêndio no bioma. No mesmo período do ano passado, o número foi de 93.938 focos. O recorde é de 2007, com 181 mil focos. Os dados são do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Considerando apenas o mês de novembro, foram registrados 14.158 focos de incêndios na Amazônia, o que representa um aumento de 1,5% em comparação aos 13.940 focos em novembro de 2023. O valor é 46,2% maior que a média para o período nos cinco anos anteriores (2019-2023), que é de 9.679 focos.
Mariana Napolitano, diretora de Estratégia do WWF-Brasil, explica que a seca extrema que a Amazônia enfrenta desde 2023 é uma combinação de um El Niño intenso com mudanças climáticas e desmatamento acumulado na região.
“O desmatamento colabora para o agravamento da crise climática que já nos afeta diretamente com o regime irregular de chuvas, secas históricas, ondas de calor extremas e enchentes. Essa combinação da alteração climática provocada pelo aquecimento global com a degradação ambiental criou um cenário favorável ao uso criminoso do fogo para uma conversão da floresta”, diz.
FONTE: G1