Profissionais de diferentes níveis hierárquicos estão repensando suas prioridades no mercado de trabalho. Se antes faziam qualquer coisa pela carreira, hoje há uma busca crescente pela qualidade de vida, incluindo saúde física, mental e emocional.
A pandemia trouxe a possibilidade do trabalho remoto, revolucionando muitas relações de trabalho e impondo o modelo híbrido como uma alternativa mais viável para quem quer cuidar da própria vida além do ambiente corporativo. Empresa global de co-workings, a WeWork realiza anualmente pesquisas com seus usuários, e os dados comprovam: 58% do total de colaboradores são mulheres e 58% dos respondentes com filhos preferem o modelo híbrido. Quase 54% deles gostaria de trabalhar até 2 vezes por semana presencialmente.
Bruna Neves, diretora-geral da WeWork, é uma entusiasta da flexibilidade. Bruna vem de uma carreira no mercado financeiro e fez uma transição de carreira para a área de inovação. “Mesmo uma empresa de vanguarda tinha um modelo de trabalho de segunda a sexta”, lembra. “Sou carioca, vim para São Paulo. Com o final da pandemia, foi preciso achar novas formas de se adaptar. Durante a pandemia, eu voltei para o Rio, quando a We Work me chamou para esse desafio. Mas não queria voltar a morar 100% em SP, pelo tempo com a minha família. Quando você tira a flexibilidade, é muito difícil reter ou atrair um talento”, diz.
Bruna conseguiu negociar essa volta para São Paulo. “Fico aqui de terça a sexta. Moro no Rio e moro em SP. Vou pro Rio passar o fim de semana, parece que tiro férias. A vida vai além do trabalho”, defende.
“Antes da pandemia a gente nem pensava que isso era possível, mas as pessoas querem fazer exercício fisico, ter tempo de saúde mental, separar a vida pessoal com a do trabalho”, analisa Bruna. Segundo ela, a maior objeção ao trabalho presencial é o transito. “Pandemia faz todo mundo repensar, especialmente as gerações mais novas e as mulheres: em primeiro lugar vem a flexibilidade.”
Mulheres no comando
Bruna acredita que as mulheres são mais plurais e mais complexas. “É cultural a gente fazer muitas coisas. Na We Work, 56% da liderança e 58% da empresa são mulheres. Temos diretora de operação, RH, CEO Latam, é muito legal. Essa liderança de mulheres permite que outras possam se ver e se inspirar. Um mais feminino sobe a sua entrega. E o modelo híbrido traz mais mulheres”, avalia.
A executiva ressalta que para 91% dos ouvidos na pesquisa da We Work o modelo híbrido impactou a relação com filhos. “Muitas mulheres tinham de optar, ou vou ver meu filhos crescerem ou ser uma super executiva. A flexibilidade tira essa escolha”, acredita.
Para o futuro, Bruna acredita que a flexibilidade de horário também passará a figurar entre as alternativas de trabalho. Confira os dados sobre o protagonismo feminino na We Work.
BRASIL
58% do total de colaboradores são mulheres
56% das lideranças são mulheres
66% do time de comunidade são mulheres
59% da base de membros são mulheres
LATAM
62% do total de colaboradores são mulheres
60% das lideranças são mulheres, inclusive em áreas tradicionalmente masculinas como Vendas e Tecnologia.
Os maiores cargos de liderança da WeWork LATAM são ocupados por mulheres:
diretora-geral Brasil, Bruna Neves
diretora-geral de países em espanhol, Karen Scarpetta
CEO LATAM, Claudia Woods
CTO LATAM, Renata Mota
Diretora de vendas BR (Ana Paula Gondim), diretora de marketing BR (Flavia Breda), diretora de RH BR (Raissa Mendes)
Maternidade x Trabalho Híbrido [dados da pesquisa Tendências e perspectivas do trabalho, da WeWork em parceria com Page Resourcing]
58% dos respondentes com filhos preferem o modelo híbrido
Quase 54% deles gostaria de trabalhar até 2 vezes por semana presencialmente
O trabalho remoto e híbrido tem um impacto positivo ou muito positivo para esse grupo, com as seguintes informações:
80% Produtividade
73% Qualidade de vida
72% Felicidade e Satisfação no Trabalho
72% Propósito e Significado no Trabalho
70% Saúde Mental
70% Tempo com Família e Amigos
67% Lealdade à empresa
62% Melhor gestão das tarefas do lar
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Fonte: Mulher