Pelo menos 300 mil animais morreram por conta do coronavírus felino desde janeiro de 2023 no Chipre, afirmam os defensores de animais da ilha. A ilha mediterrânea é conhecida por sua superpopulação de gatos; estima-se que mais de um milhão de felinos vivem nas ruas de Chipre.
O diagnóstico, em geral, aponta peritonite infecciosa felina (PIF), que gera sintomas como febre, inchaço no abdômen, fraqueza e, em alguns casos, agressividade. O vírus não oferece risco aos humanos.
Os ativistas da causa animal da ilha já pediram para que as autoridades tomem medidas para conter a epidemia, que tem se espalhado rapidamente devido à alta taxa de contágio. O Ministério da Agricultura divulgou que apenas 107 casos foram registrados oficialmente no sul da ilha, número muito menor do que o divulgado pelos defensores.
O vírus se espalhou tanto entre as grandes cidades do Chipre, quanto em países vizinhos como Líbano e Turquia.
Segundo reportagem da AFP, pessoas que alimentam os gatos da ilha contam que eles simplesmente desaparecem e poucos corpos são encontrados, o que acontece porque, ao adoecerem, os animais se isolam e morrem sozinhos. O Ministério da Agricultura afirmou à agência que estuda “possíveis formas de resolver o problema”, com tratamentos “disponíveis no mercado da União Europeia”.
Somente dois medicamentos podem tratar a doença, o molnupiravir, medicamento desenvolvido na Índia usado para tratar coronavírus humano, e um antiviral veterinário da Inglaterra chamado “GS-441524″. O preço do tratamento pode alcançar 7 mil euros (R$ 37,6 mil) por animal.
Superpopulação
Em 2011 foi interrompido um programa de controle populacional de felinos desenvolvido pelo governo de Chipre. Desde o fim do programa, o número de gatos cresceu de forma descontrolada na Ilha, o que tem preocupado os moradores.
Antes, o governo investia cerca de 50 mil euros por ano para castrar e esterilizar os animais. Com o fim do apoio do governo, os próprios moradores se mobilizaram para alimentar e tratar os problemas dos animais, já que muitos vivem nas ruas da ilha.
Fonte: Internacional