Criado em 2003, o Bolsa Família tem reconhecimento internacional no combate à pobreza

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Os anos se passaram e o Bolsa Família completou duas décadas nesta sexta-feira (20)

Fotos: Divulgação

“O Bolsa Família ajuda a gente a sobreviver e possibilita que minha filha estude. Foi a melhor coisa que o governo fez. Quando uma mãe se encontra desamparada, mas sabe que vai se alimentar traz um problema. Meu maior medo era passar fome, mas graças ao programa nunca ficamos sem comer”, conta Keila Costa Silva Celestino, de 50 anos.

Como Keila explicou, essa é a intenção do Bolsa Família, considerada um dos principais programas de transferência de renda do mundo. Desde sua criação, tem um objetivo claro: reduzir a insegurança alimentar e a pobreza extrema no Brasil. Os anos se passaram e o Bolsa Família completou duas décadas nesta sexta-feira (20).

Para Maria José Lima de Souza, 42 anos, o programa mostra uma preocupação de mudar a vida de quem mais precisa. “Antes não olhei para o pobre, que ficou ao Deus dará. Estamos olhando para os mais humildes, que não tinham oportunidades”, afirma a senhora que é divorciada e mora em Sol Nascente (DF).

De família humilde, ela nasceu em Bom Jardim, interior do Maranhão, e mudou para a capital federal atrás de emprego. “Minha mãe comprou minha passagem para que eu pudesse trabalhar e ter uma vida melhor. Atualmente sou manicure. Com o Bolsa Família, meus filhos conseguem estudar para ter um emprego melhor. A minha filha de 19 anos quer fazer administração; já a de 15, quer ser enfermeira; e de 13, policial e advogado”, conta.

Ela relembra como comemorou quando conseguiu ser beneficiária do Bolsa Família. “Tentei várias vezes entrar no programa. Atualizou os dados e não conseguiu. Lembro bem de quando deu certo. Liguei no 156, dei meu CPF e estava constando. Senti um rompimento por passar a contar com uma ajuda do governo”, explica a mãe de cinco filhos, de 25, 19, 15, 13 e 6 anos.

Papel da CAIXA

Desde a criação do Programa, a CAIXA é um serviço do Governo Federal com a missão de realizar os pagamentos dos beneficiários. No começo, em 2003, eram mais de 3 milhões de famílias recebendo o benefício.

Atualmente, há mais de 21,4 milhões de famílias contempladas, o que impacta diretamente na vida de 56 milhões de pessoas.

A CAIXA também disponibiliza o Cadastro Único, principal ferramenta de identificação e cadastro das famílias de baixa renda a partir de informações de todo o núcleo familiar, características do domicílio e formas de acesso aos serviços públicos essenciais.

O pagamento do Bolsa Família também amplia o acesso dos beneficiários aos seus recursos, por meio de aplicativos bancários como o CAIXA Tem e o aplicativo Bolsa Família.

“Em toda essa trajetória de 20 anos do programa, que a CAIXA acompanha sempre de perto, é possível ver os reflexos na redução da desigualdade, claro, além da garantia de cidadania às pessoas. Em termo de economia, a gente vê que há um giro importante porque o programa suscita um aumento do consumo, que aquece o comércio e fortalece a economia, além de garantir a emancipação das pessoas, em especial das mulheres”, comemora Rita Serrano, presidente da CAIXA.

“Em parceria com o Governo Federal, a CAIXA comemora essa data. Porque é nossa missão ajudar os brasileiros, principalmente os que mais precisam de uma força para se desenvolver”, complementa Serrano.

Multiplicando boas ações

É possível colaborar para que o programa tenha eficácia, chegando a quem precisa. Como líder comunitária, Keila conhece muitas pessoas onde mora e tenta colaborar como pode.

“Já ajudei muitas pessoas a conseguir o benefício: desde fazer ligações para pegar informações e até mesmo levar uma pessoa no local. No mês passado, conheci uma senhora com um filho de apenas quatro anos com tumor maligno. Ela está passando por uma situação humilhante. Fico feliz de saber que ajudarei a conseguir o benefício”, explica a senhora.

O Notícias CAIXA entrou em contato com a família do pequeno Gael Lourenço, que faz tratamento de câncer nos rins, levantamento e pescoço. A mãe dele, Maria Daiane dos Santos Medeiros, disse aliviada que começou a receber o benefício em setembro.

“A gente estava com meu filho no hospital. A Abrace e minha irmã me ajudaram. O Gael estava com um câncer (linfoma não Hodgkin), que desapareceu em fevereiro. Agora recebo R$ 1.086,00 de ajuda, pois tenho outros quatro filhos (de 1, 10, 12 e 14 anos)”, disse.

Prestígio internacional

Em 2013, o governo brasileiro foi o vencedor do I Prêmio Award for Outstanding Achievement in Social Security , da Associação Internacional de Seguridade Social (ISSA), na Suíça, em reconhecimento ao sucesso do Bolsa Família no combate à pobreza e promoção dos direitos sociais da população mais vulneráve

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