As crianças resgatadas após passarem 40 dias na parte colombiana da Floresta Amazônica devem ficar ao menos duas semanas internadas no hospital enquanto recebem tratamento médico adequado.
O pai dos quatro irmãos disse que os filhos não explicaram muito bem como sobreviveram durante esse tempo em que estavam desaparecidos e espera que eles se recuperem bem e que possam dar as próprias declarações sobre a situação.
Segundo Manuel Ranoque, as crianças afirmaram que a mãe delas, que morreu depois do acidente de avião, ainda permaneceu viva por quatro dias após o acidente.
Antes de morrer, ela teria dito que iria embora para sempre, relataram as crianças ao pai.
Manuel também disse à mídia colombiana que muitas pessoas que participaram das buscas pelos quatro irmãos agora estão pedindo dinheiro a ele, como forma de recompensa, mas que ele e a família não tem condições financeiras para fazer isso.
Dessa forma, ele relatou ter pedido ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que “indenize todas as pessoas que estiveram à procura” das crianças.
Autoridades da Colômbia informaram que a farinha de mandioca e a familiaridade que tinham com as frutas da floresta foram fundamentais para que as crianças sobrevivessem.
Entenda o caso
As crianças estavam em um avião que caiu no dia 1° de maio e levou à morte de três adultos. Um dos três corpos encontrados é da mãe dos jovens. Outra vítima é um dos líderes da comunidade indígena.
O acidente ocorreu na província de Caquetá, localizada ao sul da Colômbia.
A aeronave que caiu era do modelo Cessna 206, decolou de Araracuara e tinha como destino a cidade de San Jose del Guaviare. Pouco depois da decolagem, o piloto informou ao centro de controle que estava com problemas no motor do avião e emitiu um alerta de socorro antes do veículo sumir dos radares.
O caso teve grande repercussão na Colômbia e há dias se especulava se as crianças seriam encontradas com vida, já que apenas os corpos dos três adultos haviam sido localizados.
Elas foram encontradas todas com vida na última sexta-feira (9).
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Fonte: Internacional