Neste domingo (28) se comemora o Dia da Sogra, figura que sempre foi um prato cheio para piadas. Mas o relacionamento entre sogras e noras não tem nada de comédia. A data celebra a existência da mãe do cônjuge de uma pessoa (marido ou esposa), além de ser uma presença muito importante para os filhos, pois trata-se da avó das crianças.
Segundo o psicólogo Alexander Bez, as relações entre sogras e noras/genros são permeadas por uma extensa complexidade, onde não existe uma linearidade. “Não existe generalização para esse tipo de relação, essa complicação que muitas pessoas observam se dá de modo mais individualizado. Cada membro dessa relação pode dificultar ou melhorar a convivência”.
As relações entre sogra e nora costumam ser mais complexas do que as relações sogra e genro, essa complexidade se dá justamente por causa das experiências de vida que cada um traz na sua bagagem existencial.
“Basicamente, de maneira generalizada, pode-se dizer que as relações entre sogras e noras são compostas por um número enorme de variáveis que levam a essa subjetividade. É isso que torna esse convívio muito conflituoso, principalmente pelas questões que residem no inconsciente”, analisa Bez.
A primeira dica que a gente pode dar para as pessoas que não tem a sorte de ter uma relação tranquila é, primeiro que a sogra nunca viva ou queira viver a vida do filho ou da filha, caso isso aconteça, uma relação conflituosa pode surgir.
A partir do momento que esse hábito é interrompido, ela começa a entender que ali já se formou uma outra família à parte. É importante que a sogra tenha compreensão que já existe um outro lar, composto pela sua filha ou filho e seu cônjuge.
“É muito importante também que a sogra não realize comparações da própria vida com a dos filhos, se ela teve uma vida pior ou melhor, entre outras comparações nesse nível. E que ela entenda que as comparações não podem ser feitas, porque cada um tem suas próprias condições de vida. Com esse controle, você tem um ambiente mais tranquilo”, recomenda o terapeuta.
Outra dica essencial, segundo Bez, é que a sogra tenha uma vida preenchida com outros elementos sem ser o filho, é importante que ela tenha a própria rotina. “Assim, todos podem ter uma harmonia e uma convivência mais saudável, gerando menos estresse e não acarretando transtornos ansiosos e problemas de convivência com a família. Em ambos os lados é importante respeitar cada espaço e compreender o papel de cada um na vida do filho/filha, marido ou esposa. Às vezes é muito difícil aplicar algumas dessas dicas, mas vale a pena tentar para que as pessoas ao seu redor possam viver melhor.”
Sorte grande
Diante de tanta complexidade, encontrar uma sogra acolhedora e estabelecer uma relação saudável é motivo de comemoração. A modelo e apresentadora Júlia Pereira não esconde a alegria de ter a apresentadora e cantora Faa Morena como sogra.
“Eu ganhei na loteria com a minha sogra, a Faa é uma pessoa muito tranquila. Eu sei que existem várias sogras que se intrometem nos relacionamentos, mas não é o caso! Desde o início ela foi sempre super alto astral, além de estar disposta à ajudar sempre e também dar bons conselhos, até porque ela é formada em psicologia”, revela.
“Uma curiosidade legal é que quando a minha primeira filha, a Suzanne, nasceu, morei com ela por dois anos, durante o período da pandemia. Nós nos aproximamos muito e passamos por esse momento difícil da pandemia juntas. Foi uma época que nos uniu muito”, conta Júlia.
“Quando estamos todos juntos é maravilhoso. Ela é maravilhosa e é uma mulher que eu admiro muito, ela é super evoluída e muito divertida. O nosso relacionamento é ótimo e sou muito feliz por isso.”
Faa Morena garante que o relacionamento noras e genro é super legal. “E em especial com a Júlia, temos algo em comum, que é o bem das nossas princesinhas Suzanne e Camille. Fico super feliz porque a Júlia me inclui na maioria das coisas que envolve o desenvolvimento delas. Aprendo muito com essa relação e ela sabe que pode contar comigo no que for necessário e no que eu puder ajudar. Adoro ser sogra e aprendo muito nesse relacionamento com genro e noras.”
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Fonte: Mulher
