Dia dos Namorados: saiba tudo sobre a ocitocina, o hormônio do amor

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Dia dos Namorados: saiba tudo sobre a ocitocina, o hormônio do amor
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Dia dos Namorados: saiba tudo sobre a ocitocina, o hormônio do amor

Na quarta-feira (12) será comemorado o Dia dos Namorados, data que celebra o carinho e afeto, e levanta um debate sobre a ocitocina, conhecida como o “hormônio do amor”. De acordo com um estudo feito por pesquisadores da Yale University (EUA), em conjunto com a Bar-Ilan University (Israel), o nível do hormônio nos 60 casais participantes da pesquisa é maior do que o de pessoas que não possuem qualquer tipo de vínculo estável. Além disso, também perceberam um aumento significativo de atividade no sistema produtor da ocitocina dos pares.

De acordo com o médico integrativo Enrique Lora, a ocitocina é composta por vários aminoácidos e é produzida no cérebro. “A hipófise tem a função de mandar essa ocitocina para a corrente sanguínea. Agora, o que é fato é que ela é muito produzida no nosso corpo. No momento que a mãe vai ter um filho, há uma grande produção de ocitocina, é uma questão até completamente evolutiva. Porque você cria laços com aquela criança e evita a depressão pós-parto e tudo mais”, diz Lora.

A oxitocina, continua ele, também é uma substância que tranquiliza, que relaxa. “Ela também é utilizada para estresse. Pontualmente para pessoas que passam em alguma situação, utilizar oxitocina pode ser uma ferramenta, utilizada para esse fim”, explica.

Para Silas Soares, especialista em saúde integrativa e funcional, a ocitocina é um hormônio diretamente ligado ao bem-estar do paciente. “Quando o seu nível está alto no organismo, proporciona diversos benefícios à saúde, principalmente à saúde mental, já que é responsável pela sensação de felicidade, de amor, de relaxamento e prazer. Esses sentimentos são atribuídos a ocitocina, já que ao ser liberada, automaticamente os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, são diminuídos. Geralmente, essa liberação acontece quando estamos perto de nossos parceiros, de amigos e parentes, ou seja, de pessoas que temos uma grande afinidade”, explica o médico.

Apesar de ser um hormônio que está presente no organismo de ambos os gêneros, Silas ressalta que a ocitocina está muito mais presente no corpo feminino. Sua produção costuma atingir um pico durante a gestação, no trabalho de parto e na amamentação, principalmente porque uma de suas funções é estreitar o vínculo afetivo entre a mãe o seu bebê. Já a sua queda pode estar relacionada ao uso contínuo de pílulas anticoncepcionais, além de outros fatores comportamentais.

“O nível de ocitocina no homem é menor, isso porque sua ação, muitas vezes, é bloqueada pela testosterona, um dos principais e mais fortes hormônios masculinos. Porém, quando atinge um alto nível no organismo, a ocitocina é capaz de deixá-los menos agressivos, evitando atritos, além de também deixá-los mais amáveis e empáticos”, o especialista em saúde integrativa e funcional afirma.

Silas também explica que a ocitocina não é chamada de “hormônio do amor” por acaso. Seus níveis são dobrados quando as pessoas estão apaixonadas, fazendo com que fiquem estáveis ao firmar o relacionamento. O seu declínio, em contrapartida, acontece quando relacionamentos esfriam ou quando há a separação, provocando os sentimentos de tristeza, depressão e até mesmo de abandono.

A ocitocina também está diretamente ligada ao orgasmo, sua falta provoca uma indisposição sexual entre casais, segundo revelou estudo conduzido pela Hannover Medical School, na Alemanha, com a participação de 29 casais que já se relacionavam há mais de um ano. No experimento, um grupo de participantes recebeu um spray nasal de ocitocina, o outro recebeu um placebo antes de terem relações sexuais. Com isso, foi concluído que aqueles que receberam o hormônio tiveram uma experiência mais positiva, com orgasmos mais intensos e sensação de satisfação ampliada após o sexo.

“Vivemos numa rotina corrida, muitas pessoas chegam em casa exaustas após o trabalho, ainda tendo que cuidar da casa. Esse comportamento pode esfriar uma relação, acaba o carinho, os programas para casais tirarem um tempo para ficarem juntos começam a ficar mais escassos, o sexo também diminui, são diversos fatores que podem deteriorar um namoro ou um casamento, assim diminuindo os níveis de ocitocina no organismo”, pontua Silas.

Se os níveis elevados da ocitocina provocam a felicidade e o prazer, os principais sinais de que o hormônio do amor se encontra em declínio estão ligados à apatia. Na lista sintomas evidentes da queda está a falta de expressões emocionais, frieza ao demonstrar sentimentos, a diminuição de libido, a falta de lubrificação durante as relações sexuais, diminuição da capacidade de chegar ao orgasmo, nas mulheres e a diminuição da capacidade de ejacular, nos homens.

Como aumentar a ocitocina no organismo

Silas explica que há diferentes formas de elevar o hormônio, entre elas, na mudança de rotina, no consumo de certos alimentos, e até mesmo por medicamentos. “Há a ocitocina sublingual, sua ação é mais rápida, possibilitando o aumento da biodisponibilidade dela no organismo. Também existe a ocitocina em comprimido, essa versão possui uma ação mais lenta, porém auxilia na melhora da ansiedade e do humor, pode também aumentar a sensação de bem-estar e a vitalidade.”

O contato físico e o carinho, como abraços, beijos e cafunés também provocam o sentimento de gratidão, consequentemente, aumentando os níveis de ocitocina no organismo. Praticar exercícios ou outras atividades provocam o relaxamento físico e mental, com isso, o estresse e a ansiedade irão diminuir, havendo uma diminuição do nível do cortisol, o hormônio que inibe a produção da ocitocina.

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Fonte: Mulher

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