Quase quatro meses após o procedimento no olho para corrigir uma queda na pálpebra, problema conhecido como ptose palpebral, o humorista Diogo Defante fez uma aparição pública sem a venda e mostrou o resultado da cirurgia. O olho caído era uma das marcas registradas do comediante, mas, segundo ele, estava prejudicando sua visão.
“Já tava com a visão prejudicada e não pude mais adiar”, disse na legenda da foto postada em seu Instagram. Pouco invasiva, a cirurgia de correção da ptose palpebral é um procedimento que, além de corrigir a deformação e promover a melhoria do campo de visão do paciente, também ajuda a rejuvenescer a região dos olhos, minimizando o aspecto cansado da área.
“Pouco conhecida e subdiagnosticada, a ptose palpebral é uma condição que confere à abertura dos olhos um tamanho abaixo do ideal, que é de cerca de 9 milímetros”, explica Paolo Rubez, cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica (BAPS).
Segundo o médico, o procedimento de correção da ptose palpebral também evita a perda da visão e futuros problemas relativos à autoestima, já que a condição desarmoniza a face, causando grande desconforto estético. “Simples e com bons resultados, o procedimento, que é feito sob anestesia local e sedação ou anestesia geral, dura, no máximo, uma hora e meia, sendo que o paciente pode receber alta no mesmo dia da cirurgia devido a sua baixa complexidade. A recuperação é tranquila e leva, em média, uma a duas semanas, período em que o paciente deve permanecer em repouso, higienizar o local corretamente e evitar fazer exercícios físicos e fumar”, destaca o cirurgião plástico.
Mas, quando se trata de procedimentos estéticos na região dos olhos, muitas pessoas acreditam que a cirurgia de correção de ptose palpebral é sinônimo de blefaroplastia, o que não é verdade, pois cada um desses procedimentos possui uma indicação diferente. “Enquanto a cirurgia de correção de ptose palpebral serve para tratar a condição caracterizada pelo mau posicionamento das pálpebras superiores, o que resulta na diminuição da abertura dos olhos, a cirurgia de blefaroplastia tem como objetivo remover o excesso de pele e gordura palpebral que surge devido ao processo de envelhecimento”, explica Rubez.
O médico acrescenta que a blefaroplastia é indicada para fins estéticos, mas também funcionais, uma vez que a flacidez excessiva das pálpebras pode atrapalhar a visão de algumas pessoas. “A blefaroplastia tem como objetivo rejuvenescer a área periorbital por meio da retirada do excesso de pele e bolsas de gordura presentes nas pálpebras superiores e inferiores, com a possibilidade do reposicionamento dessas estruturas ou preenchimento de sulcos na região quando o médico julgar necessário. Em alguns pacientes pode ser realizada também enxertia de gordura para preencher a perda dos tecidos locais, visto que o resultado da cirurgia se torna mais natural quando há certo volume de tecido ao redor dos olhos”, explica o cirurgião plástico.
“Feita sob anestesia local com sedação ou geral, a cirurgia, que dura entre uma e duas horas, também pode ser realizada em conjunto ao lifting do terço superior da face, quando o excesso de tecido nas pálpebras é causado também pela queda dos supercílios”, diz o especialista, que afirma que a recuperação do procedimento é tranquila e indolor, sendo que nos primeiros dias após a cirurgia o paciente pode apresentar inchaço e hematomas no local, sintomas que se resolvem dentro de algumas semanas e podem ser aliviados com a ajuda de repouso e compressas frias sobre os olhos. “Os cuidados pós-operatórios são semelhantes aos da cirurgia de correção de ptose palpebral e o resultado definitivo é notado em torno de 3 a 6 meses.”
De acordo com Rubez, as cirurgias podem até ser associadas, mas apenas quando o paciente, além de ptose palpebral, também sofre com excesso de pele nas pálpebras e excesso de bolsas de gordura. “Antes de optar por qualquer um dos procedimentos, é fundamental que você converse com um médico, pois, para o olhar leigo, é muito fácil confundir a flacidez com o mau posicionamento das pálpebras e apenas um profissional especializado poderá dar o diagnóstico correto e indicar o melhor tratamento para o seu caso”, finaliza.
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Fonte: Mulher