Determinação do ministro Alexandre de Moraes leva em consideração informações sobre o estado emocional do ex-secretário de segurança do Distrito Federal.
Foto: Anderson Riedel
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 48 horas para que o secretário de Administração Penitenciária do Distrito Federal informe se o ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres pode continuar preso no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar ou se é mais conveniente sua transferência para hospital penitenciário.
Anderson Torres está preso preventivamente desde 14/1. Ele é investigado no Inquérito (INQ) 4923, que apura a responsabilidade de autoridades nos atos antidemocráticos ocorridos em 8/1.
Em manifestação apresentada nesta sexta-feira (28), a defesa de Torres afirmou que a apresentação de senhas erradas à Polícia Federal para acesso a arquivos em plataformas de armazenamento de dados na internet (nuvem) pode ter ocorrido “em razão de comprometimento cognitivo dado o seu quadro psíquico alterado”.
A defesa ainda apresentou laudo psiquiátrico assinado por uma médica da rede pública de saúde do DF informando que, mesmo com a prescrição de remédios, o estado emocional do ex-secretário estava “se deteriorando gravemente”.
De acordo com decisão do ministro, caso esteja realmente doente, como alega a defesa, o ex-ministro da Justiça deve ser internado num hospital penitenciário e não mais permanecer num quartel da PM do Distrito Federal, em prisão especial.
Com informações do STF