Ver o filho aprender uma segunda língua ainda na primeira infância enche pais e mães de orgulho e, principalmente, a criança, que fica toda toda ao começar a pronuncia palavras em outro idioma. Muitos pais, no entanto, temem que a educação bilíngue possa comprometer o aprendizado da língua materna.
Sylvia de Moraes Barros, que atua na área de educação de inglês para crianças e adolescentes há mais de 30 anos, com a The Kids Club, garante que isso não acontece. Ela ensina inglês para bebês a partir dos 18 meses e o segredo está no método. O aprendizado se dá naturalmente, como ocorre com o português, com vivências e brincadeiras.
“Há inúmeros estudos que comprovam que todo ser humano é capaz de aprender uma nova língua e , primeira infância é o momento ideal para esse aprendizado. Quando se perde essa janela de oportunidade fica muito mais difícil”, diz a especialista.
Sylvia diz que, além de ser mais fácil, também faz bem para a criança. “Ela tem de aprender da forma mais natural possível. Uma criança de 2, 3 anos fala, mas não teve aula de português. Fazemos o mesmo, com aulas em inglês, brincadeiras, músicas, histórias”, explica.
Esse contato com uma segunda língua vai estimular o cérebro da criança de forma saudável, incentivando o raciocínio, a autoestima, fatores biológicos, fatores emocionais. “Elas ficam orgulhosa de falar ingles e quando chegam aos 10, 12, 15 anos, conseguem falar inglês sem muito esforço.”
A ressalva que Sylvia faz é para que os pais verifiquem o método de ensino. “Precisa ser uma aula de inglês estruturada, com professor falando inglês o tempo inteiro, se a aula é divertida, a motivação para uma criança pequena é e a aula é legal. Há formas de saber que o filho está tendo um bom contato com a língua”, alerta.
O ensino do inglês deve seguir o aprendizado natural. Primeiro a criança aprende a falar, depois a escrever, e só então a gramática. “Até os seis anos é só oral, brincando com as crianças em inglês. Quando ela começa a ser alfabetizada, também será alfabetizada em ingles, com a diferença de que no inglês ensinamos fonética. Muitas palavras se escreve de um jeito e fala de outro”, diz Sylvia.
E isso, garante a educadora, não causa nenhum dano às crianças. “Trabalho há 30 anos com isso e nunca vi dar problema. O cérebro é tao inteligente que o aprendizado de uma língua ajuda na outra. Não só não atrapalha como ajuda”, atesta. “Isso acontece se o aprendizado de inglês é feito de forma adequada”, ressalta.
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Fonte: Mulher