Historicamente dominado por homens, o setor de construção civil tem visto uma mudança significativa com o aumento da participação feminina. As mulheres têm buscado cursos de qualificação e aperfeiçoamento para ingressar no ramo, inclusive, muitas são provedoras de suas famílias.
Por isso, para incentivar a atuação da mulher e ajudar a amenizar as disparidades nesse setor, o projeto “Elas Transformam”, uma iniciativa da MRV, uma empresa do grupo MRV&CO, visa capacitar mulheres, em situação de vulnerabilidade social, em técnicas da construção civil, e assim gerar desenvolvimento econômico sustentável para as comunidades e renda para suas famílias.
Para atender mulheres em diferentes regiões no país, o projeto é itinerante e já foi realizado em Campinas, Belo Horizonte e Curitiba, por exemplo. A formanda Juliana Maria de Jesus, 37, lembra que a inspiração para realizar o curso em Campinas surgiu com as próprias necessidades da casa dela.
“Em 2023, realizei o curso de manutenção predial. Sempre tive que me virar sozinha para trocar um fusível, consertar uma torneira, trocar uma lâmpada, eliminar uma goteira, entre outras manutenções na minha casa. Portanto, a necessidade de aprender e o gosto pelo setor foram fundamentais para tomar a decisão de realizar o curso. Atualmente trabalho na MRV, em Campinas, na aplicação de rejunte e outros serviços de reparo. Se houver a oportunidade, quero realizar outros cursos para crescer no setor da construção civil em geral”, afirma.
Kátia Lôbo, Gestora Executiva de Qualidade e Pós Entrega na MRV&CO, lembra que o projeto “Elas Transformam” começou em 2022 e, desde então, tem sido um grande sucesso para aquelas que buscam uma oportunidade profissional e desejam experimentar uma nova área de atuação.
“Os cursos têm duração de 180 horas, em média com 25 alunas por turma. As formandas recebem certificados e, aquelas que tiverem o melhor desempenho, podem ser contratadas pela própria MRV ou buscarem oportunidades de trabalho em outras empresas do setor. A MRV oferece ajuda de custo para o deslocamento das alunas até o local do curso, apoio para alimentação enquanto estão na sala de aula e material didático”, diz.
Grade curricular personalizada
A gestora da MRV&CO explica que a grade curricular do curso é diferente em cada cidade. Isso porque a empresa realizada uma pesquisa de mercado para saber quais tipos de habilidades profissionais estão carentes na região, a fim de aumentar a chance de empregabilidade dessas mulheres.
“Portanto, se a região está carente de azulejistas, pintoras, por exemplo, o curso é focado na capacitação dessas habilidades. O projeto “Elas Transforam” não fica somente nas aulas teóricas, pois é fundamental que as alunas pratiquem na própria comunidade local os ensinamentos aprendidos. A terceira turma começou em fevereiro, em Curitiba. Até outubro deste ano pretendemos capacitar 600 mulheres”, lembra Kátia.
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Fonte: Mulher