Enem 2023: Ditadura militar volta a ser abordada após três anos

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O primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 ocorreu neste domingo (5)
Reprodução: Flipar

O primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 ocorreu neste domingo (5)


No primeiro dia de prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2023, que aconteceu neste domingo (5), os estudantes se depararam com questões que abordavam a ditadura militar, algo que não ocorria desde 2020, quando o presidente da República era Jair Bolsonaro (PL-RJ).

Em 2019, durante o governo bolsonarista, foi criada uma comissão com o objetivo de determinar quais perguntas seriam incluídas ou removidas do exame. Esse grupo chegou a cogitar a substituição do termo “ditadura militar” por “regime militar” em algumas questões.

Com a mudança no governo e a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as questões sobre a ditadura militar foram novamente incluídas no Enem.

Durante o primeiro dia de prova, os estudantes se depararam com questões que abordavam aspectos da ditadura, refletindo a revisão da abordagem do exame em relação a temas históricos e políticos.

Uma das questões apresentou o texto do jornalista Élio Gaspari, que discute o assassinato de Vladimir Herzog, vítima da opressão do regime militar.

Outro tema abordado no Enem foi a relação da ditadura com os sindicatos rurais, ressaltando as complexas interações políticas da época.

Os estudantes também se depararam com perguntas sobre machismo, mudança climática, aquecimento global, racismo, identidade indígena, história da Palestina, imigração de judeus ao Brasil, violência de gênero, entre outros assuntos.


Enem 2023

O primeiro dia de prova do Enem envolveu questões de linguagens, ciências humanas e redação, enquanto o segundo dia, que acontecerá no próximo domingo (12), abordará questões de matemática e ciências da natureza.

O ENEM é uma das provas mais aguardadas e abrangentes do Brasil, abrindo portas para milhares de estudantes que buscam o acesso ao ensino superior. Em 2023, o número de inscritos cresceu em comparação com o ano anterior.

Neste ano, 3,9 milhões de estudantes se inscreveram para fazer o exame. No ano passado, o número foi de 3,4 milhões de pessoas.

Fonte: Nacional

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