Escola de elite em Brasília enfrenta protestos por falta de ar-condicionado em meio a altas temperaturas

Com as altas temperaturas que têm atingido acima de 33ºC e uma umidade inferior a 20% no Planalto Central, os alunos têm enfrentado condições insalubres e desconfortáveis durante o período de aulas, que se estende das 8h às 16h

Foto: Redes Sociais

Brasília, Distrito Federal – A renomada escola Lycée Français François Mitterrand está sendo alvo de protestos por parte de alunos e pais insatisfeitos com a falta de climatização nas salas de aula. Em meio à onda de calor que assola o país, a unidade de ensino, cujas mensalidades ultrapassam os R$ 4.000,00 (quatro mil reais), tem exposto os estudantes a temperaturas elevadas, levando alguns a passarem mal e correrem o risco de desidratação.

Com as altas temperaturas que têm atingido acima de 33ºC e uma umidade inferior a 20% no Planalto Central, os alunos têm enfrentado condições insalubres e desconfortáveis durante o período de aulas, que se estende das 8h às 16h. A falta de ar-condicionado tem gerado preocupação entre pais e mães, que temem pela saúde e bem-estar de seus filhos.

Uma mãe, que preferiu não se identificar, relatou: “Tenho dois filhos estudando aqui que já passaram mal e tiveram que ser encaminhados para a enfermaria devido a essa temperatura”. A situação tem sido amplamente discutida nos grupos de pais no aplicativo de mensagens WhatsApp, com muitos questionando a falta de ação por parte da direção da escola. Um pai aflito, também optando pelo anonimato, declarou: “A direção já foi questionada e até agora não fez nada para resolver o problema. Isso é insustentável”. Outro pai destacou que o problema é antigo, mas a situação atual é ainda mais preocupante: “Não estamos questionando a qualidade do ensino, mas com essas temperaturas, até mesmo o aprendizado pode ser prejudicado”.

Profissionais de saúde consultados pela reportagem ressaltaram que a exposição prolongada a altas temperaturas pode trazer sérias consequências, principalmente para idosos e jovens, devido a questões biológicas. A desidratação, por exemplo, pode levar a casos graves, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), com consequências imprevisíveis para as vítimas.

A reportagem tentou entrar em contato com a escola, mas não obteve sucesso em falar com nenhum representante. O espaço está aberto para qualquer posicionamento por parte da instituição.

A situação vivenciada pelos alunos da Lycée Français François Mitterrand reflete a falta de investimento em infraestrutura adequada por parte de instituições de ensino de elite, que, apesar das altas mensalidades cobradas, negligenciam o bem-estar e a saúde dos estudantes. O protesto dos alunos e pais evidencia a necessidade de uma solução imediata para garantir condições dignas de aprendizado e segurança nas escolas, independentemente do status socioeconômico.