A polícia da Espanha prendeu um padre acusado de abusar sexualmente de ao menos cinco mulheres após drogá-las. Os episódios ocorreram ao longo de vários anos, e as vítimas seriam pessoas da convívio do sacerdote.
De acordo com um comunicado da polícia divulgado nesta segunda-feira (25), a investigação do caso começou depois de uma mulher ter denunciado vídeos que encontrou no apartamento que dividia com o padre. Segundo a polícia, os dois tinham um relacionamento.
As imagens encontradas pela mulher mostravam o homem realizando “todo tipo de práticas sexuais” com mulheres que pareciam desacordadas. Por desconfiar da falta de consentimento, a mulher faz uma cópia das fotos e vídeos e entregou à polícia.
Após investigações, cinco vítimas foram identificadas. A corporação informa que as mulheres eram amigas do padre e foram abusadas em viagens entre amigos. Nenhuma delas se lembrava do ocorrido ou sabia que tinha sido vítima de agressão sexual.
As imagens teriam sido gravadas pelo próprio padre, e a polícia ainda não sabe qual substância ele utilizou para sedar as vítimas. O detido é acusado de quatro agressões e cinco crimes contra a privacidade.
“Os agentes apuraram que as agressões sexuais foram cometidas de forma contínua em anos e locais diferentes”, diz o comunicado da polícia espanhola. “A investigação continua aberta porque os investigadores consideram que poderá haver novas vítimas em Melilla, Málaga ou Córdoba, locais onde residiu o detido”, completa a corporação.
Após a prisão, a diocese de Málaga, onde o padre atuava, emitu um comunicado afirmando que “tem colaborado com as exigências da Justiça e continuará a oferecer a sua cooperação em todas as diligências que sejam necessárias para facilitar a investigação que esclareça os fatos”.
“Comovidos pelo mal infligido, não podemos deixar de expressar a nossa dor como comunidade católica empenhada em cuidar e servir toda a sociedade, especialmente os mais fracos e necessitados. O bispado de Málaga reitera a sua mais profunda e contundente condenação contra qualquer tipo de humilhação ou abuso contra as mulheres”, diz o comunicado.
Fonte: Internacional