Estrias: afinal, por que é tão difícil tratá-las?

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Estrias: afinal, por que é tão difícil tratá-las?
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Estrias: afinal, por que é tão difícil tratá-las?

Além de causarem grande desconforto estético em algumas pessoas, principalmente conforme o verão se aproxima, as estrias são conhecidas por serem um problema difícil de ser combatido. Mas, afinal, qual o motivo para o tratamento dessas alterações ser tão complicado?

Para responder essa questão, primeiro é preciso entender que as estrias não são todas iguais. “As estrias ocorrem quando fatores como gravidez e ganho rápido de peso ou músculos geram um estiramento repentino da pele, causando um rompimento das fibras de colágeno e elastina”, explica o dermatologista Renato Soriani, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), expert em tecnologias dermatológicas e ex-coordenador do Departamento de Laser e Tecnologias da SBD (2017-2021).

“Esse rompimento das fibras da pele gera o sangramento responsável pelas estrias vermelhas, que, no geral, são mais fáceis de serem tratadas justamente por ainda existirem vasos sanguíneos funcionais na região. Mas, com o processo de cicatrização, essas estrias adquirem aquela coloração esbranquiçada característica e já não respondem tão bem ao tratamento, pois esses vasos estão ausentes, o que dificulta o estímulo de colágeno”, acrescenta.

Porém, apesar de difícil, o tratamento das estrias é sim possível. Mas é preciso redobrar a atenção com produtos que fazem promessas milagrosas. “Muitos cosméticos prometem eliminar as estrias, mas devemos prestar atenção na composição e ao tipo de estrias. Isso porque as estrias vermelhas podem responder bem ao tratamento tópico, mas é importante que o produto seja formulado com ativos realmente eficazes para esse fim, como o ácido retinóico, que, vale ressaltar, é contraindicado para gestantes”, diz o médico.

“No entanto, mesmo os cosméticos com ácido retinóico possuem uma ação limitada e não funcionam no tratamento das estrias brancas. Quando adquirem essa coloração esbranquiçada, as estrias já estão cicatrizadas e não há cosmético capaz de reparar as fibras danificadas”, alerta.

No caso do tratamento das estrias brancas, o ideal então é apostar nos procedimentos estéticos. E é especialmente interessante investir em protocolos que combinem tecnologias cuja ação é complementar no combate dessas alterações. É o caso da associação entre a radiofrequência microagulhada Morpheus e o laser de picossegundos Picolo.

“Ambas as tecnologias proporcionam o remodelamento do colágeno danificado de maneiras distintas e em diferentes camadas da pele, assim garantindo um efeito potencializado. Enquanto o laser de picossegundos gera pontos de coagulação que favorecem a produção de colágeno, o Morpheus aquece a pele por meio da energia de radiofrequência liberada em profundidade pelas agulhas. Além disso, as microagulhas do equipamento ainda geram pequenas lesões que, ao cicatrizarem, estimulam a regeneração celular, a proliferação de células-tronco e vasos sanguíneos e a síntese de colágeno e elastina. Então, com essa combinação, conseguimos suavizar significativamente a aparência das estrias”, destaca o dermatologista, que afirma que os resultados são ainda melhores graças a sua técnica autoral conhecida como MD Morpheus, que permite a distribuição da energia de radiofrequência de maneira multidimensional, trabalhando com diferentes profundidades e modos de disparos em múltiplas aplicações para potencializar resultados.

“O protocolo pode ser realizado tanto em estrias vermelhas quanto brancas, mas, em ambos os casos, o resultado não é imediato e a melhora começa a ser notada após cerca de um mês, conforme o colágeno é estimulado. E, para alcançar um resultado satisfatório, múltiplas sessões podem ser recomendadas, especialmente no caso das estrias brancas, cujo o tratamento é mais demorado, mas ainda assim eficaz.”

Por fim, Renato Soriani ressalta a importância de ter expectativas realistas quando o assunto é o tratamento de estrias. “Não se engane por apelos de marketing e promessas milagrosas. Como qualquer cicatriz, estrias são permanentes, não sendo possível eliminá-las completamente para restaurar a pele ao estado em que se encontrava antes de seu surgimento. No entanto, essas novas tecnologias, especialmente quando combinadas, são extremamente eficazes na suavização da aparência dessas alterações, tornando-as pouco perceptíveis quando o plano de tratamento é personalizado e realizado corretamente”, finaliza o médico.

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Fonte: Mulher

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