Parar de fumar é um passo extremamente importante para a saúde, porém a parte prática não é tão simples. A nicotina gera um vício, difícil de largar no dia a dia. Hoje em dia existem dicas psicológicas e produtos que podem colaborar com esse processo.
Uma nova pesquisa publicada por cientistas argentinos no último dia de 2023 traz uma boa notícia para pessoas que estão tentando parar de fumar. O medicamento citisiniclina (cistina), uma opção de baixo custo de produção, pode mais que dobrar as chances de largar o cigarro.
Estudos apontam remédio barato que pode ajudar quem quer parar de fumar
A citisiniclina foi sintetizada em 1964, mas apenas nos últimos anos começou a ser estudada como tratamento para o vício em cigarros. Em julho de 2023, uma pesquisa americana apontou que 25,3% dos voluntários pararam de fumar ao tomar o medicamento.
O levantamento argentino, feito por cientistas do Hospital Nacional de Posadas, aumenta a quantidade de evidências sobre a eficácia da citisiniclina contra o tabagismo.
Foram analisados resultados de 12 ensaios clínicos com quase 6 mil participantes — 2 deles mostraram que a substância mais que dobra as chances de parar de fumar. O medicamento foi comparado com outras técnicas para lidar com o tabagismo, como adesivo de nicotina, goma de mascar, inaladores e a substância vareniclina, já usada comercialmente.
Autor do estudo comenta
“A citisiniclina poderia ser muito útil na redução do tabagismo nos países de baixa e média renda, onde são urgentemente necessários medicamentos com boa relação custo-eficácia para parar de fumar. Em todo o mundo, o tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável. A citisina tem potencial para ser uma das grandes respostas para esse problema”, afirma o toxicologista Omar de Santi, principal autor do estudo.
A farmacêutica responsável pela produção do remédio, a Achieve Life Sciences, deve pedir autorização de comercialização para a Food and Drug Administration (FDA), órgão equivalente à Anvisa dos Estados Unidos, no primeiro semestre deste ano. Não há previsão de quando a substância começará a ser vendida no Brasil.
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Fonte: Mulher