EUA dizem que Hamas fez exigências inviáveis em acordo por cessar-fogo

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O secretário de Estado americano, Antony Blinken, no aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv, Israel, em 10 de junho de 2024
AFP

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, no aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv, Israel, em 10 de junho de 2024

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, prometeu nesta quarta-feira (12) lutar por um acordo de cessar-fogo em Gaza , dizendo que nem todas as exigências do Hamas eram aceitáveis, mas expressando esperança de que as lacunas pudessem ser resolvidas.

Consultando o principal mediador, o Catar, sobre a resposta do Hamas ao plano do presidente dos EUA, Joe Biden, Blinken disse que o grupo palestino poderia ter dado um “sim claro e simples”, mas expressou esperança cautelosa de avançar.

“Acreditamos que algumas das mudanças solicitadas são viáveis ​​e outras não”, disse Blinken a repórteres em Doha.

“E por isso temos que ver com urgência, ao longo dos próximos dias, se essas lacunas são superáveis”, disse ele.

Mas ele disse que a responsabilidade recai sobre o Hamas, descrevendo o resto do mundo como unido na busca pelo fim da guerra de oito meses.

“Estamos determinados a tentar preencher as lacunas. E acredito que essas lacunas são superáveis”, disse Blinken. “Isso não significa que elas serão superados porque, em última análise, o Hamas terá que decidir”, completou.

“Quanto mais tempo isso durar, mais as pessoas sofrerão, e é hora de parar de negociar.”

O Hamas propôs alterações na terça-feira, incluindo um cronograma de cessar-fogo e a retirada completa das tropas israelenses de Gaza, de acordo com uma fonte familiarizada com as negociações.

O plano que Biden apresentou em 31 de maio prevê uma retirada israelita dos “grandes centros populacionais” e um cessar-fogo de seis semanas, que poderá então ser prorrogado se os negociadores precisarem de mais tempo para procurar um acordo permanente.

Blinken recusou-se a entrar em detalhes sobre as exigências do Hamas.

Ele reiterou que Israel estava por trás do cessar-fogo, embora o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não o tenha endossado formalmente. Além disso, membros do governo de extrema direita que prometeram impedir o acordo.

EUA e Israel

Blinken, concluindo a sua última viagem de crise a quatro países, incluindo Israel, também destacou uma preocupação fundamental dos Estados Unidos com o seu aliado – que não tem um plano para o que acontecerá depois da guerra.

“Nas próximas semanas, apresentaremos propostas para elementos-chave do planejamento do dia seguinte”, disse Blinken.

Blinken disse que as propostas cobririam como lidar com a governança, a segurança e a reconstrução.

Os Estados Unidos apoiaram o objetivo de Israel de destruir o Hamas após o ataque de 7 de Outubro. Mas as autoridades norte-americanas acreditam que o Hamas já foi degradado e procuram o que consideram métricas mais viáveis ​​para acabar com a guerra.

A administração Biden propôs devolver à Autoridade Palestiniana ao comando de Gaza, governada durante quase duas décadas pelo Hamas.

Os Estados Unidos têm batido de frente nesta questão com Netanyahu, que há muito procura isolar a Autoridade Palestina com sede na Cisjordânia e alguns dos seus parceiros de coligação se opõem fortemente a um Estado palestino.

Fonte: Internacional

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