EUA espera que Israel aceite cessar-fogo se Hamas também concordar

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Palestinos abandonam o campo de refugiados de Jabaliya, norte da Faixa de Gaza, em 30 de maio de 2024
Omar AL-QATTAA

Palestinos abandonam o campo de refugiados de Jabaliya, norte da Faixa de Gaza, em 30 de maio de 2024

O governo dos Estados Unidos está com grandes expectativas para um cessar-fogo na região da Faixa de Gaza nos próximos dias. De acordo com John Kirby, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, a proposta de cessar-fogo começará com uma trégua de seis semanas na região caso o Hamas aceite o acordo previamente.

O plano, proposto pelo presidente Joe Biden na última semana, é dividido em três etapas e levará ajuda humanitária aos palestinos e também realizar a troca de mais reféns sob posse do Hamas por palestinos presos em Israel antes do fim permanente do conflito.

Entretanto, a proposta de cessar-fogo é contestada por alguns mesmos do governo israelense. As negociações seguem em curso enquanto os conflitos seguem em Rafah, cidade ao Sul da Faixa de Gaza, bombardeada por ataques aéreos na última semana .

Segundo a Agência de Refugiados da ONU (UNRWA), todos os 36 abrigos em Rafah tiveram que ser esvaziados por conta dos ataques. 1.7 milhão de pessoas estão fora de suas casas em Khan Younis e outras regiões centrais da Faixa de Gaza.

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos declarou que, após as seis semanas de trégua, a segunda fase da proposta de cessar-fogo consiste em fazer com que os reféns vivos retornem para Israel, e aí então as negociações pelo fim do conflito se iniciariam.

Kirby afirmou que “os dois lados precisariam sentar e tentar negociar como a segunda fase [do acordo] será executada, e quando começaria”.

No último sábado, dois ministros de extrema-direita do governo israelense ameaçaram deixar o governo se o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu aceitar as condições do termo. O Ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, afirmaram que se opõem a qualquer acordo antes que o Hamas seja destruído.

Na mesma linha, Netanyahu insistiu que não haverá um cessar-fogo enquanto o poder militar e de governo do Hamas não for destruído e todos os reféns libertados.

Fonte: Internacional

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