Faixa de Gaza em guerra: Saída de civis pelo Egito segue suspensa

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Dos inscritos na relação do Itamaraty para repatriação, 18 se encontram na cidade de Rafah (fronteira com o Egito).
Reprodução/Flipar

Dos inscritos na relação do Itamaraty para repatriação, 18 se encontram na cidade de Rafah (fronteira com o Egito).

A saída de civis feridos, de portadores de passaportes estrangeiros e seus familiares da Faixa de Gaza pela passagem de Rafah – controlada pelo Egito desde 2007, quando o Hamas tomou o poder em Gaza – continua suspensa desde sábado (4) , quando forças israelenses atingiram um comboio de ambulâncias, deixando 15 mortos e 60 feridos.

A Faixa de Gaza virou um cenário de guerra, sofrendo com bombardeios e combates terrestres entre as tropas de Israel e o grupo extremista Hamas, que atacou o Estado Judeu em 7 de outubro, deixando mais de 1.400 mortos, segundo as autoridades israelenses. Já o governo do Hamas em Gaza afirma que mais de 9.770 pessoas – a maioria civis – morreram pelos bombardeios israelenses.


A Faixa de Gaza tem apenas outras duas passagens para saída e entrada de pessoas e mercadorias. Uma é a de Erez, ao norte, que leva ao sul do território israelense e foi atacada pelo Hamas em 7 de outubro; a outra é a passagem de Kerem Shalom, no sul de Gaza, na fronteira com Israel e perto do território egípcio, que serve apenas para o transporte de cargas.

A maioria dos estrangeiros que aguarda a liberação é estadunidense: são 386 cidadãos autorizados. Em seguida, vêm os britânicos (112), franceses (51) e alemães (50). As negociações para a retirada de civis com nacionalidade estrangeira – que envolvem Israel, Egito, Catar e EUA – são lentas, pouco transparentes e carentes de critérios objetivos.


A saída por Rafah começou na quarta-feira, por força de um acordo internacional mediado pelo Catar para permitir que detentores de passaportes estrangeiros, seus dependentes e os feridos de Gaza saiam da região. Desde então, centenas de pessoas conseguiram ir embora, incluindo feridos que recebem tratamento em hospitais na região do Sinai.

Segundo o embaixador brasileiro junto à Autoridade Palestina na Cisjordânia, Alessandro Candeas, há um grupo de brasileiros e seus familiares ainda esperando pela repatriação, pois não foram contemplados em nenhuma das cinco listas de autorizações divulgadas até então.

Segundo o Itamaraty, há 34 pessoas aguardando a liberação para sair da zona em conflito: 24 brasileiros, sete palestinos em processo de imigração para o Brasil e três parentes próximos.

Segundo o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, sua contraparte de Israel, Eli Cohen, garantiu a saída dos brasileiros pela passagem de Rafah até a próxima quarta-feira (8).

Fonte: Internacional

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