Serão três dias de atividades com shows, oficina, feira e debates promovendo o encontro entre mestres e jovens que têm na música sua conexão com o sagrado
Foto: Hannah Carvalho
A presença indígena no Distrito Federal será reverenciada na quarta edição do Festival Agô – Música e Ancestralidade, entre os dias 27 e 29 de julho (quinta a sábado). O evento, neste ano, ocupa o Memorial dos Povos Indígenas juntamente com o Seminário Fealha e tem entrada gratuita.
Serão três dias de atividades com shows, oficina, feira e debates promovendo o encontro entre mestres e jovens que têm na música sua conexão com o sagrado.
Na programação musical do Agô (“licença”, em Yorubá), na sexta (28), o público poderá conferir shows dos grupos Ponto Br, Ori, com participação da cantora Cris Pereira, Mulheres do Alto Xingu e povo Fulni-ô. Uma noite de cantos indígenas, cocos, cirandas, maracatus, sambas, tambor de Mina, bois, rojões e carimbós.
Nas rodas de debate, o Seminário Fealha (“terra sagrada” no idioma yaathe, do povo Fulni-ô) vai reunir lideranças e pensadores indígenas e não indígenas que se destacam pela luta por território e direitos. A capoeira também se fará presente com uma roda aberta do grupo nZambi e uma oficina com a mestra Elma.
O Festival Agô é uma realização da Onã Produções e tem o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF e do próprio memorial. O projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC-DF).
Santuário – De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o DF tem cerca de 6 mil indígenas. A maior parte deles está concentrada em área urbana. Do total, as três regiões administrativas com maior população indígena são Ceilândia, Planaltina e Samambaia. A única terra indígena delimitada no DF é a Terra Indígena Santuário Sagrado dos Pajés – Pajé Santxie Tapuya, localizada no Setor Noroeste, área de forte especulação imobiliária.
Em todo o país, os povos indígenas trazem uma importante contribuição para a diversidade cultural brasileira, com quase um milhão de pessoas organizadas em 305 etnias e 270 línguas distintas. A cosmologia indígena, de modo geral, além de contribuir com a formação da identidade do país, garante a manutenção e preservação da sociobiodiversidade brasileira.
Programação geral
Agô + Fealha
Entrada gratuita
Quinta – 27/07
18h15: Cantos com povo Fulni-ô e mulheres do Alto Xingu
18h30: Seminário Fealha: Memórias do Memorial dos Povos Indígenas
19h30: Seminário Fealha: Viver o presente, olhar o futuro
Sexta – 28/07
14h30: Seminário Fealha: Ancestralidade cerratense
16h30: Seminário Fealha: Trajetórias, povos e territórios
19h: Roda aberta de Capoeira Angola com Mestra Elma (MA) e grupo nZambi
20h30: Ori (PE) part. Cris Pereira (DF)
21h30: Cantos das Mulheres do Alto Xingu (MT)
22h: Cafurnas Fulni-ô (PE/DF)
22h30: Ponto BR (MA/PE/SP)
Sábado – 29/07
10h às 12h: Oficina de Capoeira Angola com Mestra Elma (nZambi)
15h às 16h: Seminário Fealha: Histórias e conquistas do Acampamento Terra Livre (ATL)
Serviço – Festival Agô – Música e Ancestralidade
Seminário Fealha – Presença Indígena no DF
De 27 a 29 de julho (quinta a sábado)
Memorial dos Povos Indígenas
Mais informações: www.instagram.com/agoancestralidade/
Informações e Redes Sociais de Artistas no Agô 2023: https://bit.ly/InfosArtistasAgo