Flávio Venturini e Ritchie conversam com o GPS; artistas se apresentam neste sábado, em BSB

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Flávio Venturini e Ritchie conversam com o GPS
Emanuelly Fernandes

Flávio Venturini e Ritchie conversam com o GPS

Neste sábado (18), Brasília será agraciada com um espetáculo imperdível no Ulysses Centro de Convenções . Os cantores Flávio Venturini e Ritchie sobem ao palco para apresentações individuais, cantando os grandes sucessos de suas carreiras.

Flávio Venturini traz para a capital a turnê ‘Coração a Dentro’, iniciada em 2023, que reúne os principais sucessos de sua trajetória como compositor, cantor e instrumentista. Em entrevista ao GPS, Venturini expressou sua alegria em se apresentar em Brasília e refletiu sobre sua carreira, que teve início na banda O Terço.

“No ano que vem eu completo 50 anos de carreira, contando que comecei no grupo O Terço, em 1975. Eu me sinto feliz de toda a minha trajetória, de ter sido sempre muito bem recebido. Eu sempre falo que fui um cara de sorte, participei de movimentos importantes da música brasileira e sempre com sucesso, com muito boa aceitação de público e crítica”, relata o artista.

Enquanto isso, Ritchie traz sua turnê ‘A Vida Tem Dessas Coisas’ para Brasília, após passar por mais de 10 capitais brasileiras, incluindo datas extras em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. O show é uma homenagem ao álbum ‘Voo de Coração’, que vendeu mais de um milhão de cópias e inclui um dos maiores sucessos do artista, “Menina Veneno”.

Ritchie também conversou com o GPS, comentando sobre o sucesso atemporal da música. “Sabíamos, (eu e o letrista Bernardo Vilhena), quando ela ficou pronta, que era uma música muito especial. Não menos por ter sido composta em mais ou menos 20 minutos, numa tarde de verão de 1982, em São Conrado (RJ). Mas o sucesso que ela alcançou foi para muito além dos nossos sonhos mais delirantes”, explica.

Confira a entrevista dos artistas na íntegra:

Flávio Venturini

1. Durante esses anos, você passou por várias fases musicais. Qual considera ser o ponto alto da sua trajetória até agora?

Olha, eu posso dizer que não foi só um momento pontual da minha trajetória. Eu acho que o Grupo “O Terço” foi um momento muito legal, começar a carreira numa banda de sucesso, fazendo um trabalho novo, participar do Clube da Esquina – lançando o disco Clube da Esquina 2, com uma música minha que foi “Nascente”, cantando em um dueto com o Milton, foi outro ponto alto da minha carreira. O 14 Bis foi outro ponto alto, com 8 anos de sucesso. E a minha carreira solo, que são momentos que vou guardar com muito carinho.

2. Como tem sido a experiência de se apresentar em diferentes cidades durante essa turnê comemorativa? Alguma apresentação em particular marcou você?

Minha vida é viajar pelo mundo, como diz aquela música, né? É sempre uma experiência muito legal correr o Brasil, levando e sendo recebido com carinho em vários lugares. Claro que tem alguns shows que são mais marcantes. Por exemplo, o show que fiz no Palácio das Artes, no final do ano passado, que inclusive gravei e devo lançar em algum projeto, foi um show com visual maravilhoso, com convidados. Esse foi o começo das comemorações dos meus 50 anos de carreira e foi um show que guardo com muito carinho.

3. Como você enxerga o cenário atual da música? Tem algum artista da nova geração que você gostaria de colaborar?

O cenário da música, hoje em dia, é muito diverso. Tem tantas vertentes, a gente não sabe mais quem está fazendo sucesso e quem não está. Você tem a internet, você tem o rádio, que é uma coisa que ainda existe e mostra para a gente novas músicas, novas gerações. Eu não tenho nenhum artista especial que eu gostaria de colaborar. Na verdade, tenho vontade de fazer trabalhos com artistas do passado, que ainda estão aí inteiros, fazendo música de qualidade – acho que tem mais a ver com a minha música. Mas, se acontecer encontro com alguém novo, também acho que é arejar a carreira, num certo sentido, com uma linguagem nova.

Ritchie

1. Como é para você celebrar 40 anos de carreira e ainda ser reconhecido por sucessos como “Menina Veneno”?

Estou celebrando da forma que eu mais gosto: nos palcos, mostrando um show que é uma “retrospectiva futurista”, com um olhar para o passado, nas músicas que fizeram sucesso ao longo dos últimos 40 anos da minha carreira solo, e com um olhar para o futuro, apresentando novas composições e interpretações, como “Ando Meio Desligado”, dos Mutantes (1970) e a nova, “Saudade Sem Paisagem (Ela Jamais Virá)“, em parceria com o poeta cearense, Fausto Nilo. Essas duas músicas compõem o primeiro “single” digital das 12 músicas que estaremos lançando periodicamente ao longo de 2024, em parceria com a gravadora Biscoito Fino. O primeiro single (pense: lado A e lado B) está sendo bem executada nas rádios e nas plataformas digitais. Também estarei regravando no estúdio, com a banda que me acompanha na estrada, algumas músicas do meu catálogo que não são encontradas atualmente nas plataformas digitais (“Transas”, por exemplo) – e vai ter algumas participações especiais bem interessantes dentro do pacote que vamos lançar ainda em 2024.

2. Qual é a importância de se apresentar em lugares como Brasília, que têm uma cena musical vibrante?

Gosto de pensar que o sucesso comercial de discos como “Voo de Coração” ajudou a abrir as portas para que as boas bandas de Brasília migrassem para Rio, e consequentemente, às telas de TV dos programas de auditório, que deram exposição para aquilo que já estava em processo de formação na cidade.

Já fiz grandes e marcantes shows em Brasília e acho que o novo espetáculo de multi-media que vamos apresentar no Centro de Convenções Ulysses vai surpreender a todos.

3. Como você enxerga o cenário atual da música? Tem algum artista da nova geração que você gostaria de colaborar?

Curto o João Gomes, Ferrugem, Jão, Blubell, Duda Brack, Felippe Catto, Rodrigo Suricato, (muitos dos quais já dividiram palcos ou telas comigo), entre outros. Gosto de artistas carismáticos e confiantes do que fazem e que demostram originalidade, verve e estilo próprio.

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Fonte: Nacional

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