Forças venezuelanas cercaram a Embaixada da Argentina em Caracas, que está sob custódia do Brasil desde 5 de agosto, quando o regime de Nicolás Maduro expulsou diplomatas do país. De acordo com Pedro Urruchurtu Noselli, coordenador internacional da opositora María Corina Machado, homens encapuzados e armados cercaram o local na noite de sexta-feira (6). Seis pessoas ligadas à oposição estão asiladas na embaixada.
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As tensões diplomáticas aumentaram após a eleição presidencial conturbada no fim de julho, que garantiu um novo mandato para Maduro, com fortes indícios de fraude. Noselli, asilado desde março, publicou em Instagram que o cerco começou por volta das 19h e continuou até 22h. Vídeos mostram carros das forças de segurança patrulhando a área, e um membro do partido opositor afirmou que a energia do prédio foi desligada.
O Itamaraty declarou ao portal G1 que está focado em garantir a segurança dos asilados na embaixada. O governo argentino anunciou que irá acionar o Tribunal Penal Internacional para exigir a prisão de Maduro e outros líderes venezuelanos, acusados de perseguir opositores.
Desde as eleições de 28 de julho, mais de 2.400 pessoas foram presas. Na última segunda-feira (2), a Justiça venezuelana emitiu uma ordem de prisão contra Edmundo González, 75 anos, candidato da coalizão opositora. O pedido de prisão foi feito pelo procurador-geral Tarek Saab, após González ignorar uma intimação para depoimento sobre alegações de fraude nas eleições. A audiência mais recente foi marcada para sexta-feira (30), quando a Venezuela enfrentou um apagão nacional.
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Fonte: Internacional