São esperadas durante o inverno no Hemisfério Sul as temperaturas mais baixas, especialmente na Patagônia e no Cone Sul da América Latina. Neste ano, no entanto, os termômetros chegaram a registrar -15°C, uma condição meteorológica tanto extrema quanto incomum.
O frio intenso levou ao congelamento e morte de patos em lagoas e ovelhas presas em pilhas de neve. Equipes do serviço militar local precisaram ser acionadas para fornecer alimentos tanto para pessoas quanto para os animais que vivem nessa região.
A atual onda de frio na Argentina é a segunda em três meses, conforme o Serviço Meteorológico Nacional da Argentina (SNM), que emitiu um alerta meteorológico amarelo devido ao risco de danos e interrupção das atividades cotidianas.
“Este é um fenômeno incomum”, disse Raúl Cordero, climatologista da Universidade de Santiago do Chile, em entrevista ao g1. O cientista também mencionou que as temperaturas extremas devem persistir na região durante a temporada de inverno.
Como se dá o frio extremo na Patagônia?
As temperaturas mais baixas no Cone Sul da América Latina (Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e sul do Brasil), e mais especificamente na Patagônia, resultam da chegada de ar frio da Antártida.
Os campos de gelo da Patagônia cobrem uma área de mais de 10.000 quilômetros quadrados na fronteira entre o Chile e a Argentina, o que equivale a 1,4 mil campos de futebol.
A alta pressão no extremo sul do continente traz o ar polar para o norte, especialmente quando o vórtice polar, uma massa giratória de ar com ventos fortes que mantém o ar frio sobre o Polo Sul, está fraco.
No entanto, especialistas concordam, segundo o g1, que invernos como este da Patagônia se tornarão cada vez mais raros no planeta se o CO₂ na atmosfera continuar a aumentar.
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Fonte: Internacional