O funeral de Ismail Haniyeh, chefe do grupo extremista Hamas , começa nesta quinta-feira (1º) em Teerã, no Irã. Ele foi morto após um bombardeio atingir a residência onde estava na capital do país na terça-feira (30). Após a cerimônia, o corpo será levado para Doha, no Catar, onde será enterrado na sexta-feira (2).
O Irã decretou luto oficial de três dias pela morte de Haniyeh e declarou que o funeral será um evento “aberto e público”. O espaço aéreo da região será fechado por seis horas.
Autor do assassinato
O Hamas, Irã, Rússia, Egito e outros países culpam Israel pela morte de Haniyeh . No entanto, o governo israelense não assumiu o crime. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou somente que seu país deu “golpes esmagadores” em aliados do Irã, mas não falou sobre o chefe do Hamas.
Ainda, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu “punição severa” para Israel. O novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que “defenderá sua integridade territorial” e disse que “Israel se arrependerá pelo assassinato covarde”.
Khamenei ainda ordenou o ataque direto a Israel durante uma reunião de emergência do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã após o anúncio da morte de Haniyeh, segundo o “New York Times”.
Na quarta-feira (31), os Estados Unidos negaram participação na morte do chefe do Hamas após acusação do Irã, que “enfatiza a responsabilidade dos Estados Unidos pelo assassinato de Haniyeh”.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que o país não foi “informado” nem está envolvido no assassinato.
“Isso é algo sobre o qual não havíamos sido informados e no qual não estamos envolvidos”, disse Blinken em entrevista a uma emissora de Singapura.
A morte de Haniyeh
Ismail Haniyeh foi morto na terça-feira (30), horas depois da posse do presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, no Teerã, segundo comunicado do Hamas.
A Guarda Revolucionária do Irã confirou que o líder do Hamas e um de seus guarda-costas foram assassinados no Teerã.
“A residência de Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerã, e como resultado deste incidente, ele e um de seus guarda-costas foram martirizados,” disse um comunicado da Guarda Revolucionária.
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Fonte: Internacional