‘Gangue da pedrada’: o que é o grupo e como ele atua em São Paulo?

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Influenciadora digital foi vítima da chamada 'gangue da pedrada' na capital paulista
Reprodução / Instagram @gabilopess – 23.09.2023

Influenciadora digital foi vítima da chamada ‘gangue da pedrada’ na capital paulista

Imagens que circulam diariamente nas redes sociais mostram a ação da chamada ‘gangue da pedrada’ na capital paulista. O grupo, também conhecido como ‘gangue da bicicleta’, quebra os vidros de veículos parados no semáforo ou no trânsito para roubar os celulares das vítimas. A maior parte dos registros desse tipo, de acordo com a Polícia Civil de São Paulo, acontece na região central da capital paulista.

No último final de semana, a influenciadora e atriz Gabi Lopes foi alvo do grupo enquanto andava no banco do carona no carro de uma amiga, na Avenida Nove de Julho, no Centro da capital. Nas redes sociais, ela compartilhou imagens dos ferimentos que sofreu após o vidro do veículo ter sido estilhaçado durante a ação.

“Eu estava sentada no banco da frente indo para um compromisso de carona com uma amiga e quebraram o vidro do carro para pegar o meu celular. Na hora, foi muito forte e muito rápido. Eu só ouvi um grande estrondo e do nada tudo estava acontecendo”, relatou. “Eu tive um corte pequeno no nariz e na boca, alguns cortes na mão e um corte mais fundo no cotovelo. Eles levaram meu celular, e o que importa é que estou bem.”

Influenciadora compartilhou fotos de como o veículo ficou após o episódio, no qual teve o celular roubado
Reprodução / Instagram @gabilopess – 23.09.2023

Influenciadora compartilhou fotos de como o veículo ficou após o episódio, no qual teve o celular roubado

Os criminosos aproveitam um momento de distração do motorista para agir no trânsito de São Paulo. Usando algum objeto para quebrar o vidro, eles arrancam o celular da vítima de dentro do veículo e fogem.

Segundo a polícia, depois do roubo, os aparelhos são entregues a outros integrantes do bando. Esses são responsáveis por acessar os aplicativos bancários na tentativa de realizar transferências e empréstimos no nome da vítima. Posteriormente, conforme investigações dos agentes, os celulares são vendidos para terceiros.

Especialistas em segurança pública indicam que os motoristas desacelerem ao se aproximarem de semáforos vermelhos e tentem não parar o carro, especialmente em regiões conhecidas por esse tipo de crime. Outra recomendação é que os condutores não deixem objetos de valor à vista dentro do veículo, já que transitar pela cidade com os vidros fechados pode não ser o suficiente para evitar ser alvo de um delito.

O iG realizou um levantamento exclusivo, com base nos dados disponibilizados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, que mostra as ruas e avenidas com mais roubos e furtos de celulares na cidade. Confira aqui.

O que está sendo feito?

Em relação à ‘gangue da pedrada’, a SSP disse “trabalhar continuamente na criação de estratégias de combate a crimes patrimoniais em São Paulo”. Em nota, a secretaria afirmou que a “Operação Impacto – Servir e Proteger”, da Polícia Militar, tem o objetivo de aumentar o policiamento nas áreas com maior incidência criminal e é feita com a “ampliação de estacionamento de viaturas, base comunitária, além de patrulhamento a pé e por motocicletas”.

Ainda segundo o texto, em conjunto com os distritos policiais, a 1ª CERCO (Central Especializada em Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas) trabalha para identificar os autores e atua para reprimir esse tipo de crime.

No último dia 13, a Polícia Civil prendeu oito suspeitos de integrarem a gangue. Em mandado de busca e apreensão na região central, apreenderam 11 celulares, sendo que dois deles tinham registro de roubo, além de computadores, máquinas de cartão, drogas prontas para serem vendidas, munições e uma granada.

No início de agosto, outros oito criminosos ligados ao grupo foram presos pelos policiais do 1º DP (Sé). À época, o bando foi flagrado entrando em um prédio que era usado como “escritório do crime”.

A SSP disse ser fundamental que as vítimas registrem o boletim de ocorrência para auxiliar o trabalho da polícia e para fazer com o patrulhamento seja maior nas áreas com mais incidência de crimes. De acordo com a secretaria, “todos os casos registrados são investigados”.

Fonte: Nacional

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