Gaza: sobe para 63 o número de funcionários da ONU mortos em ataques

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Destruição na área de Al Remal, em Gaza, causada pelos ataques aéreos israelenses
Marwan Sawwaf/ Alef Multimedia/ Oxfam – 14/10/2023

Destruição na área de Al Remal, em Gaza, causada pelos ataques aéreos israelenses

10 funcionários da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) morreram na Faixa de Gaza nas últimas 72 horas, de acordo com relatório divulgado nesta segunda-feira (30). Com isso, o número de funcionários da UNRWA mortos em Gaza desde o início da guerra entre Israel e Hamas subiu para 63.

Pelos menos outros 22 trabalhadores da agência ficaram feridos. A maioria dos funcionários da ONU na Faixa de Gaza são locais, ou seja, palestinos que também foram deslocados de suas casas e também sentem o impacto da guerra em suas vidas cotidianas e de suas famílias.

Segundo o relatório desta segunda-feira, 672 mil pessoas deslocadas internamente na Faixa de Gaza estão abrigadas em 149 instalações da UNRWA. Desde o início da guerra, cerca de 1,4 milhão de palestinos deixaram suas casas no norte da região, onde Israel realiza ataques terrestres.

“Com a assistência disponível muito limitada e os abrigos sobrecarregados, há relatos de tensões crescentes entre as comunidades deslocadas. Foram relatadas várias invasões a armazéns e centros de distribuição da UNRWA, com apreensão de produtos alimentares e não alimentares”, diz o relatório.

A agência da ONU volta a afirmar que a ajuda humanitária que conseguiu entrar em Gaza é insuficiente “para cobrir as necessidades mais básicas dos deslocados internos e das comunidades de acolhimento”. Além disso, a UNRWA afirma que mais palestinos estão chegando aos centros de acolhimento, mas a superlotação está fazendo com que pessoas durmam nas ruas.

“A superlotação continua a criar graves problemas de saúde e proteção para os deslocados internos, e também está gerando um forte impacto na sua saúde mental. O número médio de deslocados internos por abrigo atingiu quase quatro vezes a capacidade pretendida”, diz a agência.

Fonte: Internacional

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