O general Gustavo Henrique Dutra , que chefiava o Comando Militar do Planalto (CMP) durante o ataque aos Três Poderes em 8 de janeiro e foi exonerado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em abril, deve depor nesta quinta-feira (18), às 10h, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Dutra é o primeiro oficial do Exército a depor no caso.
Apesar de não ter sido convocado para prestar esclarecimentos, a participação de Dutra veio após a aprovação de um requerimento de convite. Ou seja, ele não é obrigado a participar, no entanto, assessores parlamentares do Exército, a pedido do comandante, general Tomás Miguel Miné, confirmaram a presença do militar, desde que não houvesse obrigatoriedade.
O Comando Militar do Planalto é órgão responsável pela área do Quartel-General do Exército em Brasília. Durante os atos de 8 de janeiro estava sob a gestãode Dutra, que permitiu o acampamento de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que pediam um golpe de Estado e, porteriormente, invadiram os Três Poderes em Brasília.
Durante a CPI, o general foi citado pelo coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Jorge Eduardo Naime que o acusou de impedir prisões de extremistas no Quartel-General do Exército após ordem do ministro Alexandre de Moraes, no fim do dia 8 de janeiro. Além disso, o militar também chegou a fazer reunião com Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DFistrito Fededal, cerca de 48 horas antes do ataque a Brasília por golpistas.
Dutra deve ser questionado sobre as tentativas de prisão no acampamento em frente ao QG. Na data, policiais militares foram até o local para deter os extremistas, mas encontraram uma barreira de militares do Exército, que chegaram a posicionar até blindados na entrada da área para impedir as prisões.
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Fonte: Nacional