Neste domingo (10), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse que não vai desistir de apelar por uma ajuda humanitária para que haja um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Ele ainda afirmou que a guerra minou a credibilidade e a autoridade do Conselho de Segurança.
A declaração de Guterres acontece em referência ao veto dos Estados Unidos, na conferência do Fórum de Doha na última sexta (8), à proposta do Conselho de Segurança da ONU de um cessar-fogo imediato no conflito entre Israel e o Hamas.
“Instei o Conselho de Segurança a pressionar para evitar uma catástrofe humanitária e reiterei o meu apelo para que fosse declarado um cessar-fogo humanitário”, afirmou. “Lamentavelmente, o Conselho de Segurança não conseguiu fazê-lo, mas isso não o torna menos necessário.”
“Eu não vou desistir,” acrescentou.
Durante a reunião, o primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, disse que vai continuar pressionando Israel e o Hamas por uma trégua, apesar do “estreitamento” de chances de paz. As negociações entre o Hamas e Israel têm sido lideradas pelo país.
De acordo com ele, os reféns foram libertados de Gaza devido às negociações e não devido às ações militares de Israel.
Israel e os Estados Unidos se mostram contra um cessar-fogo porque acreditam que a medida só beneficiaria o Hamas. Washington apoia, no entanto, pausas no conflito para proteger civis e permitir a liberação de reféns que estão sob posse do grupo extremista islâmico desde o dia 7 de outubro, quando um ataque surpresa do Hamas levou ao início da guerra contra Israel.
Fonte: Internacional