Haddad elogia Lira e diz que contrários a reforma são extremistas

Economia

Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, durante coletiva à imprensa no salão verde da Câmara
Lula Marques/ Agência Brasil – 23/03/2023

Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, durante coletiva à imprensa no salão verde da Câmara

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , elogiou nesta sexta-feira (7) o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por ter conseguido avançar com a reforma tributária. Ele também criticou os deputados que se opuseram ao texto.

“Liguei para ele [Lira], evidentemente. Foi uma grande liderança, teve um papel fundamental. Está todo mundo de parabéns”, declarou.

“A condução do presidente Artur Lira foi muito republicana. Ouviu todo mundo, só colocou na pauta quando tinha segurança de que tinha conseguido quase um consenso, só os extremistas quiseram demarcar [posição], mas não foi suficiente para impedir o placar absolutamente expressivo da vontade nacional. Quase 400 votos, num tema tão delicado quanto esse, imagina o esforço espiritual de cada um de nós para atingir esse objetivo”, completou Haddad.

Ainda segundo Haddad, “só os extremistas” votaram contra a proposta, que foi aprovada em dois turnos entre a noite de quinte (6) e a madrugada desta sexta (7). Em primeiro turno, foram 382 favoráveis, no segundo, 375.

Nesta sexta, os deputados devem votar quatro destaques do texto para que a proposta avance ao Senado. Para o ministro, o clima para votar a proposta também é favorável no Senado.

“[Os senadores] também estão otimistas em relação à tramitação no Senado, que deve acontecer agora no segundo semestre, depois do recesso”, disse.

Haddad comemorou a aprovação, classificando como “uma grande vitória para o governo”. “Senti que as pessoas estavam genuinamente abertas ao diálogo porque sabem a importância da reforma para o Brasil”, declarou ao chegar ao ministério.

Questionado sobre a possibilidade de aprovação do arcabouço ainda nesta sexta-feira (7), Haddad disse não saber “se dá tempo”, mas que o “marco fiscal está praticamente aprovado”.

O arcabouço fiscal foi aprovado na Câmara, mas, como sofreu alteração no Senado, precisa ser votado novamente pelos deputados.

Fonte: Economia

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