“Hamas não representa o povo palestino”, afirma Biden

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Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden
UN Mission of Norway/Pontus Höök – 19.09.2023

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

Nesta quinta-feira (22), o presidente dos Estados Unidos Joe Biden fez uma publicação no X, antigo Twitter, em que afirma que a maioria do povo palestino não é representada pelo Hamas, grupo militante que comanda o enclave e protagoniza o conflito contra Israel.

“Não vou medir palavras. A esmagadora maioria dos palestinos não é do Hamas. E o Hamas não representa o povo palestino. Na verdade, também estão a sofrer como resultado do terrorismo do Hamas. Precisamos ter clareza sobre essa realidade”, afirmou o presidente.

A guerra entre Israel e Hamas na região da faixa de Gaza já deixou milhares de mortos e feridos nos dois lados do conflito. Segundo autoridades palestinas, 28.985 palestinos foram mortas e 69.028 ficaram feridas. Entre israelenses, ao menos 1.139 pessoas morreram nos ataques liderados pelo grupo militante Hamas.

EUA pedem cessar-fogo temporário

Na última sexta-feira (16), Biden pediu o cessar-fogo temporário em Gaza após conversas ‘exaustivas’ com primeiro-ministro de Israel. “Defendo firmemente a ideia de que deve haver um cessar-fogo temporário para tirar os prisioneiros, para tirar os reféns”, disse Biden na Casa Branca.

Nesta semana, os Estados Unidos vetaram, pela terceira vez, uma resolução apresentada no Conselho de Segurança das Nações Unidas pela Argélia, que exigia “um cessar-fogo humanitário imediato” na Faixa de Gaza, palco do conflito entre Israel e Hamas. Esta é a terceira vez que o país norte-americano rejeita publicamente as exigências de um cessar-fogo total, em apoio ao governo de Israel, seu aliado.

Washington já havia sinalizado que vetaria o projeto da Argélia, cujo texto exigia a libertação dos reféns feitos pelo Hamas no ataque de 7 de outubro e se opunha ao “deslocamento forçado da população civil palestina” — mas não condenava o ataque do grupo que comanda o enclave.

“Não podemos apoiar uma resolução que colocaria em risco negociações sensíveis”, disse ela. “Não se trata, como afirmaram alguns membros, de um esforço americano para encobrir uma iminente incursão terrestre, mas sim de uma declaração sincera de nossa preocupação com os 1,5 milhão de civis que buscaram refúgio em Rafah”, acrescentou.

A cidade de Rafah, no sul de Gaza, abriga cerca de 1,5 milhão de refugiados, mas está sob a ameaça de uma invasão pelas forças israelenses.

Resolução alternativa

Vale lembrar, no entanto, que os Estados Unidos têm elaborado projeto alternativo que propõe o cessar-fogo temporário “assim que possível”, além de um alerta a Israel contra a invasão da cidade de Rafah.

O documento foi apresentado nesta segunda (19), um dia após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sinalizar que suas forças invadirão Rafah se Hamas não libertar os reféns que mantém desde o início do conflito. O grupo palestino tem até 10 de março, data que coincide com o início do Ramadã (mês sagrado para os muçulmanos), para realizar a libertação.

De acordo com a proposta, o Conselho de Segurança deveria destacar “seu apoio por um cessar-fogo temporário em Gaza o mais rápido possível, com base na fórmula de que todos os reféns sejam libertados”, enquanto, ao mesmo tempo, “suspende todas as barreiras à entrega de assistência humanitária” em Gaza.

Fonte: Internacional

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