Hospital Al Shifa, em Gaza, se tornou um ‘banho de sangue’, diz OMS

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Palestinos em corredor do Hospital Al-Shifa, o maior da Faixa Gaza
Reprodução: OMS

Palestinos em corredor do Hospital Al-Shifa, o maior da Faixa Gaza

O Hospital Al Shifa, no norte da Faixa de Gaza , enfrenta uma situação desoladora de ‘banho de sangue’ devido aos ataques aéreos israelenses, relatou a Organização Mundial de Saúde (OMS) neste domingo (17). Antes do conflito, o centro era o mais importante hospital da Palestina.

A OMS afirmou que há “escassez de água limpa e alimentos”. A equipe que visitou o centro disse que a sala de emergência tem centenas de feridos, com novos pacientes chegando a cada minuto.

A entidade e outras agências da ONU enviaram uma delegação à Gaza e conseguiram entregar, no sábado, algum material médico ao Al Shifa, onde encontrou “dezenas de deslocados” abrigados.

O conflito entre Israel e o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, teve início depois que militantes do grupo islâmico palestino lançaram um ataque sangrento sem precedentes em território israelense, resultando em quase 1.140 mortes, a maioria civis, segundo as autoridades. Em resposta, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas e iniciou uma ofensiva em Gaza, que, de acordo com o movimento islâmico palestino que governa Gaza, resultou em quase 18.800 mortes.

Além disso, a OMS afirmou que sua delegação atendeu pacientes recebendo “suturas no chão” e mencionou que a capacidade do centro para fornecer tratamento para dor é “muito limitada ou inexistente”, operando com serviços mínimos e uma equipe significativamente reduzida.

“Pacientes em estado crítico estão sendo transferidos para o Hospital Ahli Arab para cirurgia”, acrescentaram.

As salas de cirurgia já não estão funcionando devido à falta de oxigênio, e a equipe da OMS indicou que o hospital “precisa ser reabilitado”.

Os ataques aéreos de Israel e a ofensiva terrestre deixaram a infraestrutura hospitalar de Gaza em ruínas.

Israel acusa o Hamas de utilizar alguns hospitais, os quais, de acordo com o direito internacional, têm direito a proteção especial apesar do conflito, para esconder armas e postos de comando. O grupo armado palestino nega essas acusações.

Fonte: Internacional

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