Cerca de sessenta pessoas, sendo algumas associadas ao grupo armado palestino Hamas, que somadas possuem mais de cem milhões de seguidores nas redes sociais, vêm espalhando propaganda pró-terrorismo e anti- Israel na internet, segundo o jornal The Jerusalem Post.
De acordo com a publicação, os influenciadores se identificam como jornalistas independentes e usam até o colete azul característico de membros da imprensa nas zonas de guerra.
Eles estariam usando o hospital Al-Shifa, que o Exército de Israel alega ser o centro de comando e controle do Hamas, proporcionando-lhes acesso à eletricidade e à Internet.
O jornal afirma ter localizado alguns desses influenciadores por meio de fontes. A empresa planeja revelar suas identidades nas próximas semanas. Por enquanto, cita o exemplo de Plestia Alaqad (imagem acima).
Ela se apresenta como jornalista independente, mas, segundo o jornal, teria ligações com o grupo considerado terrorista por dezenas de países.
Alaqad, nas suas postagens em que alega “genocídio” contra o povo palestino, não fornece contexto sobre o início dos ataques, provocados pelo próprio Hamas, em 7 de outubro, ao atacar o território israelita.
Outra figura influente é Bisan Ouda, que se apresenta como uma cineasta vinda de Gaza, na Palestina, com seguidores na casa das centenas de milhares. Ela também mantém presença ativa em plataformas como TikTok e YouTube.
Suas postagens recebem o endosso de figuras conhecidas associadas ao anti-semitismo e às teorias da conspiração, incluindo Shaun King, que apelou aos seus 5 milhões de seguidores no Instagram para “por favor, ouçam Ouda e sigam-na. Ela está em Gaza agora. E precisa ser um nome familiar.”
Após o ataque do Hamas, em 7 de outubro, ela postou uma nota em árabe nas redes sociais:
“Para cada ação há uma reação. Isto significa: O que se esperava depois de 75 anos de ocupação e 17 anos de cerco?… O que se esperava de nós?… As famílias dos prisioneiros permaneceriam em silêncio?”
Segundo a publicação do jornal israelense, esses influenciadores vêm sendo endossados também pela mídia internacional. Ouda foi citada como “embaixadora da boa vontade” na ABC News e foi entrevistada na BBC, para citar alguns exemplos.
Tal como Alaqad, Ouda também ajudou a espalhar desinformação sobre o Hospital Al-Ahli: “800 pessoas foram mortas num ataque aéreo em Gaza”, disse ela num vídeo. “O exército israelense não estava disposto a evacuá-los e os matou dentro do hospital”. Ela também disse que o corredor humanitário “era uma armadilha” e que Israel estava matando pessoas que fugiram para o sul.
Fonte: Internacional