Israel continua a bombardear região sul da Faixa de Gaza, diz ONU

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Explosão na Faixa de Gaza
Divulgação/ONU

Explosão na Faixa de Gaza

A agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA) afirmou nesta terça-feira (17) que Israel continua a promover ataques aéreos na parte sul da Faixa de Gaza, para onde mandou as pessoas fugirem.

“Os pesados ​​bombardeamentos das Forças Israelenses, aéreos, marítimos e terrestres, continuaram.  As Forças Aéreas Israelenses continuaram a atacar também em Khan Younis e outras áreas do sul, apesar da diretriz para que as pessoas em Gaza se deslocassem para o sul”, informa relatório da UNRWA.

Na última semana, Israel ordenou que palestinos se reslocassem para o sul da Faixa de Gaza , já que daria início à invasão do território, hoje controlado pelo Hamas, pelo norte.

Segundo a ONU, mais de 1 milhão de pessoas deixaram suas casas e se deslocaram para o sul de Gaza após a ordem. A cidade de Khan Younis, citada pela UNRWA, é onde está parte dos brasileiros que aguardam saída pelo Egito.

Falta de água em Gaza

No comunicado, a UNRWA informou, ainda, que a falta de água na Faixa de Gaza continua sendo uma preocupação. Desde o início da guerra, motivada por ataques do grupo Hamas a Israel no dia 7 de outubro , Israel impôs um cerco total a Gaza, interrompendo a passagem de alimentos, remédios, combustível e outros itens básicos, além de ter cortado o acesso à eletricidade.

Desde o final de semana, a ONU vem alertando que falta água na região. Israel, então, reestabeleceu o acesso, mas a UNRWA afirma que a medida não foi suficiente.

“Uma linha de água foi aberta nesta segunda-feira durante três horas apenas no sul da Faixa de Gaza , alimentando com água limitada apenas metade da população de Khan Yunis (quase 100 mil pessoas). Isto não resolve as necessidades urgentes de água em outras partes de Khan Yunis, na Área Média e em Rafah. Apenas 14% da Faixa de Gaza se beneficiou desta abertura da linha de água durante três horas”, afirma o relatório.

Para a UNRWA, a solução seria devolver o acesso a combustíveis ou eletricidade, o que permitiria o funcionamento de sistemas de dessalinização de água existentes em Gaza. Além disso, a agência informa que a falta de energia também afeta hospitais. “As reservas de combustível em todos os hospitais em Gaza deverão durar apenas mais 24 horas. O encerramento dos geradores de reserva colocaria em sério risco a vida de milhares de pacientes”, diz o relatório.

Fonte: Internacional

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