Israel afirmou nesta quinta-feira (9) que exigiu explicações de veículos de comunicação internacionais a respeito da presença de fotojornalistas durante os ataques do Hamas a Israel no dia 7 de outubro.
“Esses jornalistas foram cúmplices de crimes contra a humanidade; suas ações foram contrárias à ética profissional”, diz órgão do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em comunicado.
Através das redes sociais, o ministro Benny Gantz, membro do gabinete de guerra, chamou os jornalistas de terroristas. “Os jornalistas que sabiam do massacre e ainda assim optaram por permanecer como espectadores ociosos enquanto crianças eram massacradas não são diferentes dos terroristas e devem ser tratados como tal”, escreveu.
A exigência do governo israelense por explicações vem um dia após o grupo de vigilância pró-Israel Honest Reporting publicar um relatório sugerindo que fotógrafos da Associated Press, Reuters, The New York Times e CNN sabiam previamente dos ataques do Hamas, já que estavam presentes durante os acontecimentos.
A Associated Press e a Reuters negaram qualquer conhecimento prévio dos ataques, e afirmaram que os repórteres têm a função de cobrir notícias de última hora. Já a CNN disse que cortou relações com um dos fotógrafos citados no relatório, apesar de não ter motivos para duvidar da “precisão jornalística” do seu trabalho.
Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, 39 jornalistas foram mortos, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). 34 deles eram palestinos, quatro israelenses e um libanês.
Além dos mortos, oito jornalistas ficaram feridos, três foram dados como desaparecidos e 13 foram detidos.
Fonte: Internacional