Israel nega que pretende deslocar palestinos para fora de Gaza

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Um homem palestino de Gaza em frente à sua casa destruída na área de Al Remal, em Gaza
Marwan Sawwaf/ Alef Multimedia/ Oxfam – 14/10/2023

Um homem palestino de Gaza em frente à sua casa destruída na área de Al Remal, em Gaza

O governo israelense negou os supostos planos para retirar a população palestina para fora da Faixa de Gaza , informou Eylon Levy, porta-voz do premiê Benjamin Netanyahu .

A declaração é dada após o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, afirmar que Israel estava implementando uma política para expulsar os palestinos de Gaza por meio de uma guerra que, segundo ele, atende à “definição legal de genocídio”.

Em seu discurso em Doha, Safadi denunciou “o esforço sistemático de Israel para esvaziar Gaza de seu povo” e reforçou que o país liderado por Netanyahu está cometendo uma “assassinato de pessoas inocentes”.

No entanto, Levy enfatizou que essas informações são “acusações escandalosas e falsas” e explicou que Israel apenas encorajou a população de Gaza a abandonar as principais áreas de combate, mas não a própria Faixa.

Hoje, o alto representante da União Europeia (UE) para Política Externa, Josep Borrell, alertou que “os palestinos não devem ser expulsos, mas é difícil quando as pessoas fogem e procuram refúgio, dado que já não existem portos seguros em Gaza”.

Borrell lamentou também que “os Estados Unidos vetaram a proposta da ONU para uma trégua”, afirmando que agora será preciso garantir pausas humanitárias.
“Agora tempos de chegar a um acordo, pelo menos, sobre pausas para garantir que a ajuda humanitária entre em Gaza”, concluiu ele.

As declarações são dadas no dia em que o governo de Israel intensificou os ataques contra a parte sul da Faixa de Gaza, depois que o grupo fundamentalista islâmico Hamas disse que todos os reféns sequestrados seriam mortos.

O enviado especial da Rússia para o Oriente Médio, Mikhail Bogdanov, inclusive, manteve conversações com várias facções palestinas, incluindo o Hamas, ressaltando a necessidade da cessação das hostilidades e da libertação imediata dos reféns.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores de Moscou, Bogdanov conversou com representantes da OLP, da Frente Popular para a Libertação da Palestina e com o vice-presidente do Politburo do Hamas, Musa Abu Marzouk.

“O lado russo confirmou a sua posição sobre a necessidade de uma cessação das hostilidades e de uma solução imediata para todos os problemas humanitários, incluindo a libertação dos reféns”, concluiu o enviado russo.

Fonte: Internacional

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