Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um bilhão de pessoas enfrentam algum tipo de transtorno mental ao redor do mundo. Em 2020, primeiro ano da pandemia, o número de casos de depressão e ansiedade aumentou em 25%. Além disso, ainda segundo a OMS, o Brasil é a nação com a maior prevalência de depressão nas Américas e detém o título de país com a população mais ansiosa do mundo.
Este cenário inspirou a criação da campanha brasileira “Janeiro Branco”, termo que refere-se à ideia de iniciar o ano com a mente mais limpa e leve, que visa promover a conscientização sobre os mais diversos tópicos que envolvem o tema saúde mental, desde estímulo à busca por acompanhamento profissional, bem como empatia e a criação de ambientes mais saudáveis emocionalmente.
Meditação: uma poderosa aliada na busca de uma vida mais equilibrada
Em meio a esta situação na qual pessoas enfrentam diversas dificuldades diárias como dificuldade de concentração, irritabilidade, fadiga, entre outros, a meditação se apresenta como uma poderosa ferramenta de transformação, que atua diretamente na melhora da qualidade de vida das pessoas, tornando-se eficaz no combate a alguns sintomas da ansiedade e depressão.
“A meditação te permite ingressar em um processo de auto-observação onde todos os pensamentos, emoções e atitudes não passam mais despercebidos. E isso conduz a um processo natural de transformação”, destaca Gabi Frantz, mestre de meditação, pós-doutoranda em Medicina Natural pela Quantum University, com mais de 30 cursos voltados para a área em seu currículo.
A especialista pontua que a meditação é uma ótima atividade porque não tem restrição e não apresenta nenhum tipo de efeito colateral negativo. “Nada de ruim pode sair de uma prática tão natural, afinal, a meditação é medicina natural”, acrescenta.
Pesquisas indicam a meditação
Frantz argumenta que a adoção da meditação tem aumentado justamente por causa das várias pesquisas que têm verificado a eficácia da prática no combate à ansiedade. Um destes estudos foi realizado por pesquisadores da Universidade de Georgetown, em Washington (EUA), onde foi comparado o efeito anti ansiedade de técnicas de redução do estresse baseado em mindfulness (MBSR, na sigla em inglês) com o uso do antidepressivo escitalopram.
O estudo reuniu 276 pacientes e comparou os resultados dos grupos que foram tratados com mindfulness e com o remédio. Partindo de uma escala de 1 (um pouco de ansiedade) a 7 (ansiedade severa), foi observado que enquanto o grupo que tomou escitalopram teve uma diminuição média de 1,43 pontos na escala, quem realizou meditação caiu em média 1,35 pontos.
O resultado próximo foi considerado como uma equivalência entre o tratamento medicamentoso e a meditação. “A meditação tem esse efeito tão poderoso e pode até diminuir o uso de medicamentos por uma série de fatores. Dentre eles, podemos pontuar duas questões como as mais importantes: a meditação te torna uma pessoa mais consciente e estimula o sistema nervoso parassimpático, ou seja, acaba causando um relaxamento do corpo e da mente”, explica Frantz.
A mestre de meditação afirma que, por conta do estudo da Universidade de Georgetown e vários outros, a meditação tem sido cada vez mais receitada para tratar ansiedade a qualquer momento. Os efeitos da atividade conseguem aliviar sintomas de até mesmo casos mais avançados, onde há um estado de ansiedade generalizado.
“Não é necessário que exista uma conversa ou um diagnóstico, pois o próprio processo da meditação irá trazer a compreensão necessária para a cura e o restabelecimento do estado de equilíbrio”, finaliza.
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Fonte: Mulher