Jejum intermitente altera o cérebro, mostra estudo

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Jejum intermitente altera o cérebro, mostra estudo
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Jejum intermitente altera o cérebro, mostra estudo

Um estudo chinês publicado recentemente no periódico científico Frontiers in Cellular and Infection Microbiology mostrou que o jejum intermitente que se abstém cerca de 16 até 24 horas de comida, ingerindo apenas água, café e chá pode levar a mudanças no cérebro. Quem explica é o médico neurocirurgião, neurocientista e professor livre docente da Faculdade de Medicina da USP, Dr. Fernando Gomes.

No estudo foram analisados 25 voluntários obesos por 62 dias. Todos fizeram a dieta de jejum intermitente e além de eliminarem, em média, cerca de 7kg ou quase 8% do peso corporal. As evidências ainda apontam mudanças na atividade de regiões do cérebro relacionadas à obesidade e na produção de alimentos de bactérias intestinais.

“As mudanças observadas comprovam a ligação no eixo intestino-cérebro, no qual ainda não se sabe ao certo quem influencia quem, mas as alterações na atividade cerebral – detectadas através de exames de ressonância magnética funcional -ocorreram em regiões que atuam na regulação do apetite e do vício, que acontecem ne região cerebral do giro orbital frontal inferior. Foram observadas ainda alterações do microbioma intestinal, analisadas através de amostras de fezes e medições de sangue”, comenta Dr. Fernando.

Os cientistas do estudo acreditam que o microbioma intestinal se comunica com o cérebro de uma forma complexa e bidirecional já que observaram que o microbioma produz neurotransmissores e neurotoxinas que acessam o cérebro através dos nervos e da circulação sanguínea. “O que nos comprova então que o jejum intermitente além de ajudar na perda de peso, pode auxiliar para o cérebro trabalhe mais a favor do controle alimentar e assim evite as compulsões por alimentos em excesso que levam a obesidade”, finaliza o médico.

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Fonte: Mulher

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