O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson “enganou deliberadamente” o Parlamento em relação às festas realizadas na residência oficial enquanto ele estava no poder durante a quarentena de Covid-19, concluiu o comitê parlamentar.
Segundo o Comitê de Privilégios, que analisa violações de regras parlamentares, Johnson “enganou deliberadamente a Câmara” e, caso não tivesse renunciado ao cargo de deputado na última sexta-feira (9), ele seria suspenso por 90 dias por “desacatos repetidos e por tentar minar o processo parlamentar”.
Ao deixar a vaga de MP (Membro do Parlamento), Johnson evitou uma punição da Câmara dos Comuns, mas, na ocasião, afirmou que estava sendo “forçado a sair”.
“É muito triste deixar o parlamento, pelo menos por enquanto. Mas, acima de tudo, estou perplexo e chocado por poder ser forçado a sair, de forma antidemocrática, por um comitê presidido e administrado por Harriet Harman, com um viés tão flagrante”, disse Johnson ao jornal Times .
Nesta quinta-feira (15), o ex-premiê reiterou as críticas, chamando o comitê de “antidemocrático” e acusando-o de ser “a facada final em um assassinato político prolongado”.
O comitê tinha como objetivo analisar e determinar se Johnson mentiu intencionalmente ao Parlamento ao dizer que as restrições da Covid-19 tinham sido respeitadas durante as festas em Downing Street, registradas em 2020 e 2021.
O caso foi, inclusive, um dos principais pontos que levaram ao desgaste de sua popularidade e, que, como consequência, culminaram em sua renúncia ao cargo de primeiro-ministro, em julho do ano passado.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.
Fonte: Internacional