Justiça absolve Airbus e Air France por acidente aéreo em 2009

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Pedaço da aeronave Air France A330 recuperado após acidente
Roberto Maltchik/TV Brasil – 14.06.2009

Pedaço da aeronave Air France A330 recuperado após acidente

Nesta segunda-feira (17), um tribunal francês inocentou a fabricante de aviões europeia Airbus e a companhia aérea Air France de “homicídio culposo”, quase 14 anos após a queda de uma avião no Oceano Atlântico durante uma rota do Rio de Janeiro a Paris. O acidente matou todas as 228 pessoas que estavam a bordo da aeronave, tornando-se o mais letal da história da aviação comercial da França.

A decisão foi tomada em um julgamento público histórico sobre o desaparecimento do voo AF447 em uma tempestade, em 1º de junho de 2009. O tribunal absolveu as duas empresas por considerar que, embora elas tenham cometido “falhas”, não foi possível demonstrar “nenhuma relação de causalidade” segura com o acidente.

O AF447 caiu algumas horas após a decolagem. Os 216 passageiros e 12 tripulantes a bordo morreram na tragédia. A bordo da aeronave estavam pessoas de 33 nacionalidades: 61 franceses, 58 brasileiros, 28 alemães, nove italianos, dois espanhóis, um argentino, entre outros.

Depois de as autoridades passarem dois anos buscando as caixas-pretas do A330 com submarinos remotos, os investigadores descobriram que os pilotos não responderam a um problema “da maneira correta” com o avião e caíram em queda livre, sem responder aos alertas.

O Ministério Público já havia solicitado a absolvição das duas empresas , por considerar “impossível demonstrar” a culpabilidade — o que não foi aceito pelas partes civis, que afirmaram que “aponta exclusivamente contra os pilotos e a favor de duas multinacionais”, criticou Danièle Lamy, presidente da associação ‘Entraide et Solidarité AF447’, que representa os parentes das vítimas.

As duas empresas se declararam inocentes no caso. Conforme a Airbus, os advogados das companhias pediram a absolvição, uma “decisão humanamente difícil, mas técnica e juridicamente justificada”, afirmou.

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Fonte: Internacional

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