Líder da Marcha para Jesus é alvo de ação no MP por crime religioso

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Ministro Jorge Messias e deputada Benedita da Silva durante a Marcha para Jesus
Reprodução/Internet

Ministro Jorge Messias e deputada Benedita da Silva durante a Marcha para Jesus

O ex-deputado Átila Nunes (PSD-RJ) acionou o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra o organizador da Marcha para Jesus, o apóstolo Estevam Hernandes. Nunes fez uma representação por crime contra o sentimento religioso após fala de Hernandes durante o evento da última quinta-feira (8).

Na 31ª edição da Marcha para Jesus, nesta semana, o líder religioso perguntou aos manifestantes de eles preferiam um Brasil “macumbeiro ou evangélico”.

“Nos próximos anos, o Brasil será o maior País macumbeiro do mundo ou maior País mais evangélico do mundo?”, questionou o apóstolo às mais de duas milhões de pessoas que participavam do evento.

Depois da fala, Nunes entrou com uma representação no MP, nessa sexta-feira (9). Segundo o ex-deputado e o advogado, casos como esse ferem a liberdade religiosa no Brasil, que é garantida pela Constituição, e ultrapassam a liberdade de expressão.

“O abuso no exercício da liberdade de expressão não pode ser tolerado. Assim, a incitação ao ódio público não está protegida nem amparada pela cláusula constitucional que assegura liberdade de expressão”, afirmou no documento, segundo o jornal O Globo .

Nunes ainda afirmou que a atitude de Hernandes ojeriza na comunidade espírita e entre adeptos das religiões africanas. “É de conhecimento geral que o Brasil é formado por uma grande população de origem africana que, muitas vezes esconde ou nega suas origens religiosas por receio de sofrer discriminação e até mesmo segregação social. Isso se justifica em razão de que, na maioria das vezes, religiões neopentecostais enraízam em seus seguidores que as religiões os cultos africanos são diabólicos e que todos aqueles que os seguem devem ser banidos de um convívio social saudável e de ‘bem'”.

*Em atualização

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Fonte: Nacional

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