A cantora Lily Allen causou polêmica ao dizer que suas filhas acabaram com sua carreira. A artista de 38 anos é mãe de Ethel Mary (12 anos) e Marnie Rose (10 anos), nascidas durante o casamento dela com o empresário Sam Cooper, entre 2011 e 2018.
Em participação no programa Radio Times Podcast, a cantora, que é casada desde 2020 com o ator David Harbour, Allen falou sobre o impacto das filhas em sua carreira.
“As minhas filhas arruinaram a minha carreira”, afirmou a cantora. “Eu amo as duas e elas me completam, mas em termos de estrelato pop, elas arruinaram tudo. Fico realmente incomodada quando as pessoas dizem que você pode ter tudo, porque não pode mesmo. Algumas pessoas priorizam suas carreiras em detrimento aos filhos e é uma opção, mas os meus pais foram bem ausentes quando eu era pequena. Eu tenho alguns traumas feios que não estou disposta a impor às minhas filhas”, disse.
Segundo o psicólogo Alexander Bez, o relato da artista, embora sincero e corajoso em sua vulnerabilidade, mergulha nas profundezas dos conflitos internos que muitos indivíduos enfrentam ao tentar equilibrar suas carreiras com as demandas da vida familiar. “É uma narrativa que ressoa com uma carga emocional intensa, onde cada palavra revela camadas complexas de sentimentos e reflexões”, acredita.
“Ao afirmar que suas filhas ‘arruinaram’ sua carreira, a cantora expõe uma sensação de perda e frustração que é palpável. No entanto, por trás dessa expressão há uma ambiguidade palpável, uma luta entre suas aspirações profissionais e a realidade de ser mãe”, analisa Bez.
Essa ambiguidade é profundamente humana e revela uma tentativa de encontrar sentido em meio a conflitos internos. “Por um lado, há um amor profundo pelas filhas e um reconhecimento da plenitude que elas trazem à sua vida. Por outro lado, há uma sensação de sacrifício, uma percepção de que suas ambições profissionais foram comprometidas pela maternidade”, diz o especialista.
Ao expressar sua mágoa, a artista também revela uma tendência à vitimização, uma tentativa de atribuir culpa externa por seus desafios. “No entanto, ao analisar mais profundamente, podemos perceber que essa projeção de culpa nos filhos pode ser uma forma de lidar com sentimentos de inadequação ou medo de fracasso”, fala Bez.
“Claro, não é possível dar um diagnóstico exato do caso, é apenas um lembrete de que o equilíbrio entre carreira e família não é uma tarefa fácil, mas sim uma jornada de autoconhecimento e crescimento emocional. Em última análise, o relato dessa artista é um convite à empatia e compreensão. É uma oportunidade para explorarmos nossos próprios conflitos internos, nossas próprias lutas para encontrar equilíbrio em um mundo que muitas vezes exige mais do que podemos dar”, finaliza o especialista.
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Fonte: Mulher
