O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reforçou nesta quarta-feira (5) que pretende votar a reforma tributária até sexta-feira (5), apesar da insatisfação de políticos e setores da economia. Segundo ele, a necessidade de uma nova legislação tributária “é maior que todos nós”.
“O Brasil precisa de uma nova legislação tributária. Sem ela, o país não avança. O momento é de diálogo e de acolhermos as sugestões de governadores, prefeitos e da sociedade. Não vamos transformar a reforma tributária numa batalha política-partidária e nem aproveitá-la para ganhar uma notoriedade momentânea”, publicou o presidente da Câmara no Twitter.
“O Brasil é maior do que todos nós! Hoje vou continuar trabalhando para a Câmara dos Deputados aprovar o PL do Carf, o do arcabouço fiscal e a PEC da reforma tributária até sexta-feira”, completou.
Lira cancelou todas as comissões e audiências marcadas para esta semana afim de destravar a agenda econômica do governo federal.
Apesar do esforço da Câmara, setores da economia e, principalmente, governadores estão insatisfeitos com pontos do texto e pedem tempo maior para debate.
O presidente da Câmara afirma que só trabalhará para atingir consenso em torno da proposta. Os chefes executivos estaduais ficarão em Brasília até sexta para cobrar os deputados.
“Como acertado no colégio de líderes da Casa, essas matérias serão votados à medida que obtivermos consenso para termos maioria para aprovarmos os textos”, disse Lira.
Após um pedido de prefeitos, Lira negou ontem o adiamento da votação da reforma tributária. A solicitação tinha sido feita pela FNP (Frente Nacional de Prefeitos).
O presidente da FNP e prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), disse que Lira sustentou a previsão de votar a PEC assim que possível, embora esteja disposto a dialogar.
“Disse que a hora que tiver quórum, vota. Até sexta-feira, mais ou menos. Se não tiver quórum, não vota”, afirmou Nogueira em entrevista coletiva após o encontro.
Nós, prefeitos, já enviamos a todas as bancadas dos deputados a nossa posição contrária à PEC. Estamos solicitando que adie a votação. Essa é a nossa proposta mais imediata. Para dar tempo para que a gente possa ser ouvido”, completou.
Fonte: Economia