Lula diz que Campos Neto precisa explicar manutenção dos juros

Economia

Lula discrusa no Fórum de Negócios Portugal-Brasil
Ricardo Stuckert

Lula discrusa no Fórum de Negócios Portugal-Brasil

O presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) voltou a cobrar nesta segunda-feira (19) a redução da taxa básica de juros (Selic) e disse que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deve explicar a manutenção à sociedade.

Nesta quarta-feira (21), o Comitê de Política Monetária (Copom) irá se reunir para definir novamente a taxa, que está em 13,75% ao ano, maio patamar desde 2016.

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“Apenas o juro precisa baixar, porque também não tem explicação. O presidente do Banco Central precisa explicar, não a mim, porque eu já sei o porque ele não baixa, mas ao povo brasileiro e ao Senado, por que ele não baixa [a taxa]”, disse em live transmitida nas redes sociais. Em 2021, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Congresso aprovou a autonomia da autoridade monetária, com isso, Lula não tem poder para demitir Campos Neto, que foi indicado pelo ex-presidente para comandar a instituição.

As críticas de Lula ao modelo de autonomia do BC e à alta dos juros tem sido constantes durante o mandato. No mês passado, ele insinuou que Campos Neto tivesse compromisso com o governo anterior.

“Ele [Campos Neto] não tem nenhum compromisso comigo, tem compromisso com quem? Com o Brasil? Não tem. Tem compromisso com o outro governo, que o indicou. Isso é importante ficar claro. E tem compromisso com aqueles que gostam de juro alto, porque não há outra explicação”, disse Lula em maio.

Pelo projeto aprovado, cabe ao Senado a destituição do presidente do BC, mas a Casa não prevê pautar a discussão. O mandato de Campos Neto na instituição financeira vai até o fim de 2024, com possibilidade de ser prorrogado por mais quatro anos.

Sem dar mais detalhes, o presidente do BC afirmou, na semana passada, que a queda dos juros futuros abria espaço para corte na taxa Selic “à frente”.

“A curva de juros futuros tem tido queda relevante. Isso significa que o mercado está dando credibilidade ao que está sendo feito, o que abre espaço para atuação de política monetária à frente”, disse Campos Neto.

Fonte: Economia

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