Mauro Vieira diz que ‘paralisia’ do Conselho da ONU prejudica vidas

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Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do governo Lula
Reprodução/MRE

Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do governo Lula

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou neste sábado (21), durante sua fala na Cúpula da Paz , realizada em Cairo, capital do Egito, que a “paralisia” do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) está prejudicando a vida e a segurança de milhares civis palestinos e israelenses em meio ao conflito que acontece entre Israel e o grupo extremista Hamas .

Vieira declarou ser “urgente” as pausas humanitárias nos confrontos e a abertura de corredores humanitários. Ele ainda ressaltou que, o Brasil, enquanto presidente do Conselho de Segurança da ONU, tem estimulado o diálogo e convocado reuniões de emergência.

Durante o discurso, o ministro lamentou que a resolução brasileira não tenha sido aprovada em reunião emergencial no dia 18 de outubro. O texto teve ampla aprovação na ONU, com 12 votos favoráveis, no entanto, os Estados Unidos vetaram a resolução , alegando que o Brasil não havia citado o direito da autodefesa dos israelenses.

Pelo texto ter grande quantidade de votos a favor, Vieira acredita que “essa visão é compartilhada pela comunidade internacional em geral”, disse. Ele também fez um apelo para que a questão volte a ser pautada na reunião da ONU da próxima terça-feira (24), em Nova York, que irá debater a situação de Israel e Palestina.

“Eu sugiro que continuemos a conversa na reunião, no mais alto nível possível, na tentativa de continuar buscando consenso pela ação imediata. A paralisia do Conselho de Segurança está tendo consequências prejudiciais à segurança e às vidas de milhões. Isso não está no interesse da comunidade internacional”, afirmou Vieira.

A reunião deste sábado foi convocada para discutir a crise humanitária provocada pelo conflito. Além de Brasil e Egito, a Jordânia, Catar e Turquia, outros países do Oriente Médio e da Europa também participam da cúpula.

Fonte: Internacional

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