Meu filho foi diagnosticado com autismo e agora?

Entretenimento

Veja as orientações da equipe da Genial Care sobre como agir diante do diagnóstico
Unsplash

Veja as orientações da equipe da Genial Care sobre como agir diante do diagnóstico

Todo pai e mãe de um filho diagnosticado com autismo pode afirmar quão impactante foi o sentimento ao receber o diagnóstico. A criança diagnosticada com autismo precisa de mãos seguras que o auxiliem a cada passo desse processo de descoberta; apesar de parecer um processo desafiador, ele não é impossível quando existe uma rede de apoio.

“Quando descobri o autismo do meu filho, senti um abismo imenso e então percebi o quanto eu mesma e a sociedade estávamos despreparadas. Debater a questão era algo muito difícil tanto para as escolas, quanto para as famílias. Tudo é muito complexo, pouco aprofundado, sem contar o emocional. A mãe nunca espera esse tipo de diagnóstico, e é normal que por um tempo, ficarmos em negação”, pontua Ingrid Monte, mãe de Pedro, na época com 2 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“Infelizmente, na sociedade pouco se fala sobre o TEA, mas sabemos que muitas pessoas dentro do espectro podem brincar, estudar, trabalhar, e construir relacionamentos; assim como qualquer outra. A única diferença é que a pessoa diagnosticada com autismo se desenvolve de forma específica, muitas vezes com uma preocupação a mais em relação ao ambiente e estímulos.”, menciona a Terapeuta Ocupacional, Thalita Sanchez.

Separamos, com a ajuda da equipe da Genial Care, algumas dicas essenciais pensando nas famílias que buscam conforto e amparo após receberem o diagnóstico.

O primeiro passo é aceitar

Ao nascer uma criança, todos os planos e expectativas para o crescimento são postos à prova, moldando-se à medida que experiências são vividas. Quando o núcleo familiar é confrontado com o diagnóstico do autismo, as famílias têm de se reorganizar, recriar novas expectativas e fazer surgir novas realidades.

Um dos pontos importantes é fugir dos mitos do autismo que rodeiam, principalmente, a internet. Quebre esses mitos! As pessoas no espectro autista também podem se desenvolver dentro de suas individualidades, e carregam consigo uma forma particular de enxergar e interagir com o mundo e a si mesmo.

1) Procure saber mais sobre o autismo. A busca das informações favorecem as conquistas de seu filho. 2) Compartilhe essas informações com familiares e colegas. Mostre o quanto é importante ter empatia com a criança e entender a forma como ela pensa. 3) Pessoas autistas podem se desenvolver de diversas formas e, muitas vezes, nos surpreendemos com a maneira como aprendem. Temos um novo mundo para conhecer.

Busque auxílio de profissionais especializados

Quando receber o diagnóstico de que seu filho tem autismo, inicie os acompanhamentos terapêuticos o quanto antes. “As intervenções ocorrem com uma equipe multidisciplinar composta normalmente por profissionais da psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, pedagogia e neuropediatra.”, destaca Thalita Sanchez.

Escolha e conheça os profissionais que farão parte dos atendimentos. Tire suas dúvidas e lembre-se que você é quem melhor conhece seu filho, por isso, deve se sentir à vontade com a equipe que cuidará dele. Um tratamento adequado certamente será capaz de proporcionar a você e sua família uma melhor qualidade de vida.

Incentive seu filho!

Ensine e auxilie nas tarefas do cotidiano e nos cuidados consigo mesmo. Assim como qualquer criança, esperamos que ele aprenda a se vestir, se alimentar, organizar o material escolar, brinquedos, etc.

“Uma dica bacana para o dia a dia é incluir a criança nas atividades da casa, assim ela se sente incluída na rotina. Elogie sempre que ele conseguir realizar qualquer ação sem auxílio, isso o estimula. Entretanto, tenha paciência, pois tudo é um processo de aprendizagem e descoberta para autonomia. É esperado que a evolução ocorra de forma gradual e contínua.”, explica a Terapeuta Ocupacional.

É verdade que uma criança diagnosticada com um transtorno pode precisar de adaptações em casa e na rotina. Mas, a longo prazo, acompanhar a evolução da criança com autismo e, principalmente, sua felicidade pode ser muito rica e prazerosa!

Não esconda seu filho do mundo

É importante buscar a integração de seu filho e sua família à sociedade. É possível que parentes ou amigos tenham resistência, mas a palavra-chave para esse momento é persistência. O mesmo se aplica para a integração da criança nas escolas.

Embora a pessoa diagnosticada com autismo possua o direito de frequentar a escola conforme a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), é comum que famílias encontrem algumas dificuldades. Pesquise a melhor opção para seu filho e trabalhe em conjunto com os professores para garantir o cuidado que ele merece.

Institui os direitos dos autistas e suas famílias em diversas esferas sociais. Dentro dessa lei, pessoas com o transtorno de espectro autista são consideradas deficientes, por isso a lei assegura a utilização de serviços da Assistência Social – no município onde reside – e possibilita o direito à educação com atendimento especializado.

A Lei Romeo Mion cria a Carteira de Identificação da Pessoa com TEA (CipTEA), que garante a todos aqueles com o diagnóstico de autismo um documento que possa ser apresentado para informar a condição do indivíduo. O nome foi inspirado em Romeo Mion, filho adolescente do apresentador de TV Marcos Mion. Além dessas Leis, existem benefícios que auxiliam, como: Benefício da Prestação Continuada (BPC), redução na carga horária de trabalho e outros que reduzem as dificuldades encontradas no cotidiano.

É natural do ser humano procurar se proteger quando percebe uma situação ameaçadora, principalmente quando o cenário é carregado de incertezas. Logo, é normal sentir um baque logo após seu filho ser diagnosticado com autismo. Não se culpe, não se julgue e busque sempre uma rede de apoio. “Existem muitos grupos de pais de crianças com TEA. Procure auxílio e converse.

A troca de experiência é algo enriquecedor e acalentador. Lembre-se também que é importante que você tenha o seu espaço de descanso pessoal e momentos para você e seu parceiro(a). É muito importante cuidar da saúde mental de todos que estão ao redor da criança com o diagnóstico, o bem-estar dos pais é essencial!”, reforça a Terapeuta Ocupacional, Thalita Sanchez.

Orientação Parental

Os cuidadores de pessoas autistas também precisam de cuidados e, principalmente, de informações nítidas do diagnóstico. “O apoio parental é um dos serviços que oferecemos durante o acompanhamento da jornada de desenvolvimento da criança. A Orientação Parental faz parte do método Rubi, que foi desenvolvido pela Dra Karen Bearss, pesquisadora na Universidade de Washington e membro do conselho clínico da Genial Care.”, finaliza Thalita Sanchez.

Fonte: Mulher

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *